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TikTok banida dos EUA a 15 de setembro se não for vendida até lá

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que a TikTok deixará de operar no país dentro de 45 dias se, até lá, não for vendida a uma empresa norte-americana. A Microsoft prossegue as conversações com a dona da ‘app’ chinesa de vídeos.

03 de Agosto de 2020 às 19:50
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Donald Trump declarou hoje que a ‘app’ chinesa de partilha de vídeos TikTok ‘deixará de funcionar’ nos Estados Unidos se não for vendida a uma empresa norte-americana até 15 de setembro.

 

"Estabeleci uma data em torno de 15 de setembro, altura em que deixará de operar nos EUA – a menos que a Microsoft ou outra empresa a compre", afirmou o chefe da Casa Branca, citado pela Bloomberg, num encontro com jornalistas.

 

A Microsoft, por seu lado, reiterou hoje que mantém as negociações para a potencial aquisição da rede social chinesa de vídeos de curta duração (até 15 segundos).

 

Numa mensagem publicada esta segunda-feira no seu blog, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, diz ter conversado com Trump sobre a compra desta aplicação, que é detida pela startup chinesa ByteDance.

 

A proposta de aquisição dos serviços da TikTok nos EUA, onde conta com 100 milhões de utulizadores, "oferecerá à Microsoft uma rara oportunidade de se tornar uma concorrente de relevo junto de gigantes das redes sociais como o Facebook e a Snap", destaca a Reuters.

 

Nas últimas semanas, os decisores políticos norte-americanos têm vindo a manifestar receios relativamente à ‘app’, com muitos deles a dizerem que poderá colocar riscos em matéria de segurança nacional, devido aos dados que podem passar para a China e à propaganda que pode chegar em sentido contrário.

 

O outro motivo inconfesso de preocupação prende-se com a entrada chinesa num feudo dominado exclusivamente por tecnológicas norte-americanas.

 

Segundo o secretário de Estado, Mike Pompeo, receia-se que haja tecnológicas chinesas com presença nos EUA a fornecer dados às autoridades de Pequim. Pompeo citou na semana passada os casos da TikTok e da WeChat (pertencente à Tencent). Mas "há muitas outras", disse em declarações à Fox News.

 

Hoje, a Microsoft reafirmou então que está empenhada em adquirir a TikTok, passando por um escrutínio total em matéria de segurança e providenciando aos EUA os "adequados benefícios económicos".

 

O "post" da tecnológica dá a ententer que a TikTok poderá evitar a ‘expulsão’ dos EUA – uma ameaça feita por Trump na sexta-feira, quando disse que poderia recorrer a poderes de emergência económica ou a uma ordem executiva para bloquear o funcionamento da ‘app’ no país, refere a CNN Business.

 

Se a compra avançar, a Microsoft irá deter e operar os serviços da TikTok nos EUA, bem como no Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

 

"Mas o futuro da ‘app’ está longe de ser certo. A posição de Trump sobre a TikTok não está definida, ao passo que o South China Morning Post reportou no fim de semana que a ByteDance poderá preferir cindir a TikTok em vez de a vender. O tablóide britânico Sun avançou esta segunda-feira que a ByteDance está a planear transferir a sua sede de Pequim para Londres", salientava a CNN esta manhã.

 

Agora, com Trump a impor a data de 15 de setembro para uma empresa norte-americana comprar a TikTok, espera-se por novos desenvolvimentos. Até porque o prazo de 45 dias dado pelo presidente é curto.

 

A Microsoft segue a ganhar 5,36% na bolsa norte-americana, para 216 dólares por ação.

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