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Microsoft quer todo o negócio da TikTok

A Microsoft, que tem estado em conversações com a dona da rede social chinesa de vídeos de 15 segundos para comprar as suas operações nos EUA, afinal quer agora todo o negócio, avançou o Financial Times.

A rede social chinesa TikTok está no centro de nova disputa entre Donald Trump e a China.
HAYOUNG JEON/EPA
06 de Agosto de 2020 às 16:53
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Afinal a Microsoft já não quer apenas a operação da TikTok nos EUA, mas sim todo o seu negócio, incluindo na Índia e na Europa, avançou o Financial Times citando cinco pessoas conhecedoras do processo.

 

Nem a Microsoft nem a startup chinesa ByteDance, dona da a ‘app’ de partilha de vídeos, comentaram esta informação.

 

Donald Trump declarou na segunda-feira que a TikTok ‘deixará de funcionar’ nos Estados Unidos se não for vendida a uma empresa norte-americana até 15 de setembro.

 

"Estabeleci uma data em torno de 15 de setembro, altura em que deixará de operar nos EUA – a menos que a Microsoft ou outra empresa a compre", afirmou o chefe da Casa Branca.

 

A Microsoft, por seu lado, reiterou que mantém as negociações para a potencial aquisição da rede social chinesa de vídeos de curta duração (até 15 segundos).

 

Numa mensagem publicada na segunda-feira no seu blog, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, diz ter conversado com Trump sobre a compra desta aplicação.

 

Nas últimas semanas, os decisores políticos norte-americanos têm vindo a manifestar receios relativamente à ‘app’, com muitos deles a dizerem que poderá colocar riscos em matéria de segurança nacional, devido aos dados que podem passar para a China Pequim e à propaganda que pode chegar em sentido contrário.

 

O outro motivo inconfesso de preocupação prende-se com a entrada chinesa num feudo dominado exclusivamente por tecnológicas norte-americanas.

 

A proposta de aquisição dos serviços da TikTok nos EUA, onde conta com 100 milhões de utulizadores, "oferecerá à Microsoft uma rara oportunidade de se tornar uma concorrente de relevo junto de gigantes das redes sociais como o Facebook e a Snap", destacava a Reuters no início da semana.

 

Agora, com a possibilidade de comprar todo o negócio, a Microsoft chegou a outro patamar nas negociações.

A The Verge sublinha o facto de esta aquisição ser um pouco invulgar, mas só à primeira vista.

 

"A Microsoft passou anos a dedicar-se aos produtos lúdicos, como o serviço Groove Music, o acessório Kinect Xbox, o seu dispositivo para fitness Microsoft Band, o Windows Phone e, mais recentemente, o serviço de streaming Mixer. Tem favorecido os seus serviços e software e até o [assistente pessoal virtual] Cortana passou por uma transição, para se focar mais na produtividade. Como é que um serviço [TikTok] que visa chegar aos adolescentes que gostam de dançar se encaixa com a clientela mais conservadora da Microsoft?", perguntava a The Verge na passada segunda-feira, quando ainda não se sabia que a tecnológica afinal queria todo o negócio.

 

E dava a resposta: "se escavarmos um pouco mais as ambições futuras da Microsoft, a compra das operações da TikTok nos EUA, Canadá, Austrália e Nova Zelândia poderá beneficiar muitas das atuais áreas de negócio da Microsoft, ao mesmo tempo que a torna uma verdadeira concorrente do YouTube e do Facebook".


(notícia atualizada às 17:59)

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