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Microsoft interrompe negociações com TikTok depois de declarações de Trump

A TikTok é uma rede social desenvolvida pela ByteDance, com sede em Pequim, na qual se partilham vídeos curtos, com grande sucesso entre o público adolescente, mas, ao mesmo tempo, levanta grandes dúvidas quanto à segurança dos dados de utilizadores e quanto aos vínculos com o Partido Comunista Chinês.

02 de Agosto de 2020 às 18:24
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A Microsoft interrompeu as negociações com a Bytedance para a compra da popular rede social chinesa de vídeos TikTok, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter anunciado que pretende proibi-la, noticiou o Wall Street Journal.

Desconhece-se em que ponto estavam as negociações mas, segundo aquela publicação, que atribui a informação a fontes ligadas ao processo, a interrupção não singifica que a tecnológica tenha posto um ponto final nas conversações.

No sábado, a TikTok alertou o Presidente dos Estados Unidos de que não tem planos de "ir a lado algum", depois de Donald Trump ter anunciado que pretendia proibir a rede social no país por razões de segurança nacional.

A TikTok fez um vídeo, colocado no sábado na sua página do Twitter pela diretora-geral para os Estados Unidos, Vanessa Pappas, onde agradece aos milhões de norte-americanos que utilizam esta aplicação ('app') diariamente.

"Não planeamos ir a lado algum", afirmou Vanessa Pappas no vídeo, numa resposta poucas horas depois de Trump anunciar a intenção de proibir a TikTok, assegurando que pode fazê-lo mediante ordem executiva.

Pappas disse aos norte-americanos que a empresa está orgulhosa dos 1.500 trabalhadores que tem no país e que pretende criar mais 10.000 empregos durante os próximos três anos.

O The Wall Street Journal refere que, como parte das negociações com a Microsoft, o fundador da chinesa Bytedance, Xhang Yiming, também acordou vender a sua posição na TikTok.

Antes dos comentários de Trump, estaria a ser negociado que Zhang tivesse uma participação minoritária. No início deste mês, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, já sugerira que Washington estava a pensar restringir o acesso à TikTok em solo norte-americano, dada a possibilidade de Pequim estar a usar a rede social como um meio de monitorização e distribuição de propaganda.

A TikTok é uma rede social desenvolvida pela ByteDance, com sede em Pequim, na qual se partilham vídeos curtos, com grande sucesso entre o público adolescente, mas, ao mesmo tempo, levanta grandes dúvidas quanto à segurança dos dados de utilizadores e quanto aos vínculos com o Partido Comunista Chinês.

O The New York Times tinha avançado, na semana passada, que a Microsoft estava a negociar a compra da TikTok, avaliada em cerca de 100.000 milhões de dólares.
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