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Obama quer tecnológicas a partilhar ameaças de cibersegurança de forma voluntária
O sector está reticente quanto à partilha de informações, sobretudo depois do caso Snowden. Obama propõe uma medida voluntária que não resolve a principal preocupação: a protecção legal em caso de processos.
O presidente Barack Obama vai apresentar esta sexta-feira, 13 de Fevereiro, uma nova medida para incentivar as empresas a partilhar, de forma voluntária, mais informação sobre ameaças de cibersegurança.
Depois do mais recente caso de ataque à Sony, o executivo norte-americano quer tornar menos burocráticos os fluxos de informação entre as empresas e o Governo, bem como entre as próprias companhias. O objectivo é permitir que o Departamento de Segurança Interna do país possa melhorar a sua acção face a novas ameaças.
A medida vai ser apresentada durante uma conferência na Universidade de Stanford. O evento não irá contar com os líderes do Facebook, Yahoo e Google, que se farão representar por especialistas na área. A Apple deverá levar ao local o CEO Tim Cooks, avançam as agências internacionais.
Ainda assim, esta proposta de Barack Obama não vai resolver o principal receio das tecnológicas: o serem processados por clientes por partilharem dados confidenciais. O envio de informações de cibersegurança ao Estado é vista com cautelas, sobretudo depois das revelações sobre a NSA (Agência Nacional de Segurança) feitas pelo ex-consultor Edward Snowden em 2013.
O Congresso tem debatido vários projectos de lei nos últimos anos no que respeita à protecção da responsabilidade das empresas neste caso. Até ao momento, nenhuma dessas propostas foi aprovada.