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Barack Obama faz terça-feira o discurso do Estado da União
O Presidente norte-americano faz na terça-feira o discurso do Estado da União, prevendo-se um balanço da situação do país e a apresentação das prioridades políticas, nacionais e internacionais, do seu sétimo ano de mandato.
A imprensa norte-americana avança que o discurso de Barack Obama diante das duas câmaras do Congresso norte-americano (Câmara dos Representantes e Senado) deverá cobrir um amplo conjunto de questões que marcam neste momento a actualidade dos Estados Unidos, como a reforma migratória, os cuidados de saúde, a política ambiental e a segurança nacional e a cibersegurança.
É também esperado que o governante norte-americano faça referência aos desenvolvimentos económicos positivos registados nos últimos meses, como o recuo da taxa de desemprego para o seu nível mais baixo em seis anos e as perspectivas optimistas de crescimento da Reserva Federal norte-americana (Fed).
Obama deverá abordar ainda o processo de normalização das relações diplomáticas com Cuba e os esforços para travar o grupo extremista Estado Islâmico (EI) no Iraque e na Síria.
Numa mensagem electrónica divulgada pela Casa Branca na sexta-feira, o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, avança com alguns pormenores do discurso.
"Na maioria dos anos, mantemos em segredo até à noite da intervenção o que vai ser o discurso do Estado da União. Isso vai mudar este ano", referiu Biden.
"A verdade é que esta administração não vai esperar por ninguém quando se trata de tomar todas as medidas que conseguirmos para ajudar a classe média e para continuar a fortalecer a nossa economia", salientou.
No mesmo texto, o vice-presidente destacou que nas últimas semanas Barack Obama tem feito anúncios importantes sobre as suas prioridades para o próximo ano.
Um desses anúncios, segundo refere Joe Biden, foi a proposta de tornar os primeiros dois anos dos 'community college' (centros públicos de educação superior) gratuitos para os estudantes que mantenha bons resultados académicos durante esse período.
Durante os últimos meses, Obama também defendeu que a Internet deve ser um serviço público, de acesso rápido e neutral para todos os utilizadores, bem como propôs reforçar os apoios aos trabalhadores que pretendem folgar alguns dias quando estão doentes ou para cuidar de um familiar.
O Presidente também defendeu um reforço da cibersegurança, após os recentes ataques contra os estúdios Sony e o comando militar norte-americano para o Médio Oriente (Centcom), e anunciou um conjunto de medidas que visam reduzir as emissões de metano, que representam perto de 10% dos gases com efeito de estufa emitidos pelos Estados Unidos.
Este discurso do Estado da União será o primeiro de Obama (democrata) diante de um Congresso dominado pelo Partido Republicano, que controla as duas câmaras após as eleições intercalares de Novembro último.
Dois dias depois do discurso, Obama vai responder a perguntas dos utilizadores do sítio de partilha de vídeos Youtube durante uma entrevista em directo.
"Este ano vamos fazer algo inédito: levar alguns criadores [de vídeos] do YouTube à Casa Branca para falar com o Presidente em pessoa, numa transmissão em directo, a 22 de Janeiro", escreveu no seu 'blog' pessoal o director da Google News Lab (proprietária do Youtube), Steve Grove.
O YouTube pediu aos utilizadores para sugerirem perguntas para o Presidente norte-americano.
Uma sondagem publicada na passada quarta-feira mostrou que os índices de aprovação de Obama tinham aumentado em sete pontos percentuais desde Outubro de 2014.
Cerca de 46% dos americanos aprovam o trabalho do governante, exactamente a mesma percentagem dos que dão nota negativa ao trabalho presidencial, indicaram os mesmos dados.
A administração de Obama registou dias antes das eleições intercalares de Novembro passado os piores níveis de aprovação popular.