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Novabase com queda de 45% nos lucros no primeiro semestre
O contexto económico adverso no mercado interno foi o principal responsável pela queda do resultado líquido da consultora. A Novabase está a apostar na internacionalização e volume de negócios lá fora cresceu 4% face a período homólogo.
A tecnológica portuguesa sofreu uma queda de 45,4% nos lucros para 1,9 milhões de euros durante o primeiro semestre, face a período homólogo. A razão para esta quebra deve-se à contracção do negócio no mercado português e à aceleração na estratégia de internacionalização.
Estes resultados reflectem assim as "condições muito desafiantes no mercado doméstico", disse em comunicado o presidente executivo da empresa, Luís Paulo Salvado.
A nível interno, o negócio da Novabase sofreu uma contracção de 12%, reduzindo as margens, com impacto relevante também sobre o EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que recuou 20,6% para os 6,4 milhões de euros.
Apesar do recuo nos lucros, o volume de negócios da companhia sofreu uma menor desacelaração: menos 6,9% para os 106 milhões de euros.
Os números do semestre estão "alinhados com as nossas prioridades estratégicas", garante o CEO. Estas passam por uma maior aposta no negócio internacional. Nos seis primeiros meses do ano, o crescimento internacional superou os 38%, valor que a Novabase considera ser "muito positivo".
Actualmente, o estrangeiro concentra 36,3% do volume de negócios da empresa, face aos 63,7% em Portugal. Isto representa um aumento de 4% face a igual período do ano passado. A empresa emprega actualmente quase 2.300 colaboradores, com 184 destes baseados no estrangeiro.
Fruto desta aposta na internacionalização, a Novabase inaugurou no primeiro trimestre um novo centro logístico em Talatona, Angola, para dar suportes às operações locais de forma mais eficiente e em maior escala.
Para a segunda metade do ano, a consultora de tecnologias de informação não prevê grandes mudanças no desempenho financeiro da empresa.
"Para o segundo semestre não antevemos alterações significativas no mercado", declarou Luís Paulo Salvado. O "actual contexto doméstico adverso, que se tem revelado mais difícil do que havíamos antecipado" deverá manter-se", afirma.
Lá fora, a empresa confia na concretização do seu pipeline comercial, sendo esta a sua "primeira prioridade".
As acções da tecnológica fecharam a sessão de quarta-feira a cair 0,92% para os 3,33 euros.