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Microsoft diz que ataque informático foi sinal de alarme e responsabiliza governos

A tecnológica fundada por Bill Gates coloca do lado das entidades oficiais o ónus de não manterem os seus sistemas actualizados e protegidos, alertando para o efeito que a sua vulnerabilidade pode ter para os cidadãos.

Reuters
14 de Maio de 2017 às 22:58
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A tecnológica norte-americana Microsoft considera que a responsabilidade pela vulnerabilidade dos sistemas atacados mundialmente na sexta-feira por software malicioso cabe aos Governos e que o incidente que atingiu mais de 150 países é um "sinal de alarme".


"Os governos do mundo devem tratar este ataque como um sinal de alerta. (…) Precisamos que os governos ponderem o perigo que advém para os civis de acumular estas vulnerabilidades e o uso destes comandos que tiram partido de falhas," escreveu o presidente da Microsoft, Brad Smith, num blogue da empresa.


A empresa disponibilizou em Março os "patches" – ou pacotes de software que reparam as vulnerabilidades a que este software recorre para funcionar -, mas muitos dos clientes não actualizaram os seus sistemas, o que os fragilizou e permitiu a acção dos programas maliciosos.


O efeito do "ransomware" WannaCry – um software que encripta ficheiros e pede resgate aos utilizadores para os desbloquear – será imprevisível esta segunda-feira, com o regresso de muitos colaboradores aos seus postos de trabalho, até porque pode haver já novas versões em circulação. 


"[O impacto] será grande, mas é cedo para dizer quanto custará porque ainda não conhecemos a magnitude dos ataques," disse, citado pela Reuters, o antigo especialista federal de segurança nos EUA, Mark Weatherford.


De acordo com a Europol, o ciberataque de sexta-feira bloqueou mais de 200 mil computadores em locais tão distintos como fábricas de automóveis, hospitais, clínicas, operadores de transporte ferroviário, escolas, universidades, empresas de transporte ou operadoras de telecomunicações.

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