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Novos ciberataques podem acontecer em breve, alerta perito
Em declarações à BBC, o perito de 22 anos que diz ter travado o avanço do ataque de sexta-feira, diz que "talvez não neste fim de semana, mas muito possivelmente na segunda de manhã" vai acontecer um ataque similar.
O perito inglês de cibersegurança responsável pelo ‘site’ MalwareTech, que diz ter travado acidentalmente o ciberataque de sexta-feira passada a 100 países, advertiu hoje que ataques similares podem ser desencadeados em breve.
O britânico de 22 anos, que prefere manter o anonimato, disse à BBC que "talvez não neste fim de semana, mas muito possivelmente na segunda de manhã" vai acontecer um ataque similar ao que afectou no fim da semana passada mais de 125 mil sistemas informáticos
E alega que o primeiro ataque foi parado mas que tal pode não acontecer com o próximo, pelo que é necessário que os utilizadores actualizem os sistemas com os "patches" disponibilizados pela Microsoft desde Março e que impedem a eficácia do "malware":
"Há muito dinheiro envolvido. Eles [os atacantes] não têm razão para parar. Não é preciso muito esforço para mudarem o código e começarem de novo," alerta, sugerindo que isso permitirá que voltem à carga "muito em breve".
Como foi travado o ataque?
O ataque terá sido travado de forma "acidental", ao encontrar uma forma de interromper o efeito destrutivo no código do software malicioso, impedindo que se alastrasse a mais computadores.
"De facto foi parcialmente acidental," disse à BBC depois de passar uma noite a tentar resolver o incidente.
Segundo a BBC, foi possível impedir a disseminação do ataque a outros alvos porque o investigador reparou que o software estava insistentemente a tentar contactar um endereço específico de internet que não estava, contudo, registado.
Com cerca de 10 dólares comprou o registo do endereço e a partir daí conseguiu perceber o rasto dos ataques e dos pedidos de resgate que eram feitos e alterar o código introduzindo-lhe um "kill switch", um género de interruptor de emergência.
O ataque consistiu na codificação dos ficheiros levada a cabo por um software malicioso ("malware"), deixando sistemas informáticos inacessíveis. Para inverter a situação e descodificar os ficheiros, os autores exigiam o pagamento de um resgate.