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Dois mil computadores afectados no Japão pelo ciberataque

O Japão juntou-se às vítimas do ciberataque que atingiu 150 países, com dois mil computadores afectados em 600 localizações do país, incluindo as empresas Nissan e Hitachi.

Kacper Pempel/Reuters
15 de Maio de 2017 às 07:52
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A Nissan Motor confirmou que algumas das unidades foram atingidas, mas não se registou um impacto significativo no negócio.

O porta-voz da Hitachi, Yuko Tainiuchi, disse que o serviço de correio electrónico funcionou de forma mais lenta, com algumas mensagens a não serem entregues e ficheiros que não puderam ser abertos.

A empresa disse acreditar que os problemas estão relacionados com o ciberataque, mas não recebeu qualquer pedido de 'resgate'. A companhia está agora a instalar um 'software' para resolver os problemas.

O centro de coordenação de resposta a emergências de computadores japonês, uma organização sem fins lucrativos que está a prestar apoio às vítimas dos ataques, indicou que dois mil computadores em 600 localizações no Japão foram até agora afectados.

Um ataque informático de grandes dimensões à escala internacional atingiu principalmente empresas de telecomunicações e energia mas também a banca, segundo a multinacional de serviços tecnológicos Claranet.

Em Portugal, a empresa de energia EDP cortou os acessos à Internet da rede para prevenir eventuais ataques informáticos e garantiu que não foi registado qualquer problema, já a Portugal Telecom alertou os seus clientes para o vírus perigoso ('malware') a circular na Internet, pedindo aos utilizadores que tenham cautela na navegação na rede e na abertura de anexos no 'email'.

A PT Portugal activou "todos os planos de segurança" contra um ataque informático a nível internacional e garantiu que a rede e os serviços "não foram afectados".

A Polícia Judiciária portuguesa está a acompanhar e a tentar perceber o alcance do ciberataque que tem como alvo empresas, segundo o director da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime da PJ.

No Reino Unido, foram reportados importantes problemas informáticos em hospitais do serviço de saúde britânico.

Em Espanha, a multinacional de telecomunicações Telefónica foi obrigada a desligar os computadores da sede em Madrid, depois de detectar um vírus informático que bloqueou alguns equipamentos.

Este tipo de vírus surge habitualmente por correio electrónico de "origem desconhecida", com documento em anexo e que o utilizador abre, por engano.
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