Notícia
Vírus Petya afecta carga marítima em Portugal
A segunda maior transportadora em Portugal, a norueguesa Maersk, é uma das afectadas pelo vírus Petya. Os operadores de logística estão a avisar já os seus clientes para eventuais problemas e atrasos nas entregas.
"No seguimento do ataque informático e do vírus Petya, alguns sites de companhias de navegação foram afectados (por exemplo, Maersk, Safmarine e Seago). Alertamos desde já os nossos clientes que os embarques previstos através destas linhas poderão vir a ser afectados por atrasos nas saídas/chegadas dos navios ou até eventuais cancelamentos de escala", refere um email da Bolloré Logistics Portugal aos seus clientes.
Um dos transportadores mais afectados por este ataque informático é a dinamarquesa Maersk, com uma frota de 636 novas. Em Portugal, é a segunda maior empresa do ramo. No seu site, a Maersk reconhece que "alguns terminais estão a ser afectados. A carga em trânsito será descarregada. Infelizmente, neste momento, não podemos aceitar novas encomendas".
Ao Jornal de Notícias, as Associação dos Agentes de Navegação de Portugal refere não ter ainda relatos de uma impacto visível, admitindo, contudo, eventuais atrasos.
O vírus Petya surgiu esta semana, com epicentro na Ucrânia e Rússia mas rapidamente espalhando-se por todo o mundo. O ataque, realizado através de email, permite bloquear o acesso aos ficheiros de um computador. Para desbloquear esse mesmo acesso, os piratas informáticas exigem o pagamento de 300 dólares, o equivalente a 265 euros.