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Vírus informático Petya já chegou à Ásia
Um porto perto de Mumbai, na Índia, foi afectado pelo ataque informático iniciado esta terça-feira, 27 de Junho. A Bloomberg fala também em relatos na China. A ameaça torna-se, assim, verdadeiramente global.
O novo ciberataque, conhecido tanto como Petya ou NotPetya, já atingiu a Ásia. Com epicentro na Ucrânia e Rússia esta terça-feira, 27 de Junho, o vírus já se tinha espalhado pela Europa e cruzado o Atlântico rumo à América do Norte.
A agência Bloomberg dá conta de um caso num porto perto de Mumbai, na Índia, que não foi capaz de operar devido ao ataque informático. É mais um exemplo a juntar-se à lista de empresas, operadores de portos e sistemas governamentais afectados pelo Petya.
Há também relatos de que o vírus está a começar a espalhar-se na China, embora sem grande escala. Esta expansão para oriente torna assim clara como este tipo de ataques de "ransonware" se estão a transformar num risco rotineiro. O New York Times dá conta que o ataque chegou também à Austrália, através de delegações de grupos internacionais.
O Petya pede aos utilizadores afectados o pagamento de 300 dólares, cerca de 265 euros, para que sejam desbloqueados os seus sistemas. O ataque informático não encripta, bloqueia, apenas ficheiros individuais mas sim o disco rígido, levando alguns especialistas a considerá-lo mais perigoso do que o WannaCry, que teve lugar em Maio passado.
Whether it's called #Petya or NotPetya, the latest global ransomware outbreak is more dangerous than WannaCry https://t.co/zcm4J39tmG pic.twitter.com/WHHuOwZroV
— Forbes (@Forbes) June 27, 2017
As organizações na Ucrânia e na Rússia são as mais afectadas, com mais de 80 registos. A petrolífera estatal russa Rosneft evitou consequências maiores com recurso a um "backup" [versão anterior do sistema]. Já a central nuclear de Chernobil teve de ser gerida manualmente após os seus sistemas terem sido infectados pelo Petya. O impacto chegou também, por exemplo, ao porto de Roterdão, o maior da Europa.
O ataque terá já chegado a território português, embora o Governo não tenha registos oficiais. O jornal Público dava conta que as empresas Mindshare e MEC, do gigante de publicidade WPP, estariam afectados, à semelhança do que aconteceu na casa-mãe britânica.
Por precaução, o Sistema Nacional de Saúde decidiu fechar o acesso ao email e à Internet a partir das 18:00. Depois da meia-noite, os acessos foram repostos.
O Petya tem lugar um mês depois do "ransonware" Wannacry ter infectado centenas de milhares de computadores em mais de 150 países, incluindo Portugal. Rob Wainwirght, director executivo da Europol, diz que agência está a "responder urgentemente" aos relatos de ciberataques, em contacto permanente com governos e empresas.