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Grupo promete disponibilizar ferramentas para novos ciberataques

O ShadowBrokers - que terá estado por detrás da divulgação do software roubado à NSA, usado nos recentes ciberataques, - anunciou que vai começar a vender em breve novas ferramentas que podem ser usadas pelos "hackers".

16 de Maio de 2017 às 15:03
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Depois do ciberataque que na semana passada afectou mais de 150 países bloqueando 200 mil equipamentos informáticos através de software malicioso, o grupo alegadamente responsável pela divulgação deste malware promete agora disponibilizar novas ferramentas para permitir aos piratas informáticos acederem a computadores, a software e a telefones.

Numa publicação num blogue, a organização ShadowBrokers ameaça começar a revelar esses instrumentos a partir do próximo mês, a troco de pagamento. Além disso, promete divulgar dados dos bancos utilizando a rede internacional de transferências de dinheiro, SWIFT, bem como pormenores sobre os programas nucleares russo, chinês, iraniano ou norte-coreano, avança a Reuters.

Os novos dados serão divulgados numa base mensal, designada TheShadowBrokers Monthly Data Dump, prometendo a organização "mais detalhes em Junho".

Terá sido a ShadowBrokers a disponibilizar o malware alegadamente desenvolvido pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, o WannaCrypt, e que esteve na origem da operação de encriptação de dados de computadores com sistema Windows que se iniciou na sexta-feira passada.

Os autores do ataque - que explorou vulnerabilidades do sistema operativo e afectou a operação, entre outros, de hospitais, operadores comunicações, bancos ou operadores de transportes, especialmente na Rússia - pedem um resgate a ser pago em bitcoins em troco do desbloqueio dos sistemas.

A origem deste incidente ainda não está esclarecida, mas a expansão dos seus efeitos terá sido travada por um técnico de 22 anos, o autodidacta Marcus Hutchins, que detectou que o software usado estava insistentemente a tentar contactar um endereço específico de internet que não se encontrava, contudo, registado em nome de ninguém.

Com cerca de 10 dólares comprou o registo do endereço e a partir daí conseguiu perceber o rasto dos ataques e dos pedidos de resgate que eram feitos e alterar o código introduzindo-lhe um "kill switch", um género de interruptor de emergência. 

(Notícia actualizada às 15:10 com mais informação)
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