A OpenAI, criadora do ChatGPT, ultrapassou o marco de 400 milhões de utilizadores ativos por semana este mês, numa subida de 100 milhões face a dezembro de 2024. Trata-se de um aumento de 33% num período inferior a três meses.

De acordo com dados partilhados à CNBC, a OpenAI conseguiu aumentar também o número de utilizadores que pagam a subscrição para dois milhões. Assim, este valor mais do que duplicou em relação ao número que tinha sido revelado pela empresa em setembro do ano passado. 

Este aumento surge depois do lançamento do concorrente chinês DeepSeek, no fim de janeiro. O DeepSeek despertou atenções mundiais depois de se apresentar como uma opção superior ao ChatGPT, indicando ter melhores modelos de Inteligência Artificial a um preço mais reduzido. Na altura, a empresa chinesa admitiu que o treino do DeepSeek-V3 requeria menos de seis milhões de poder de computação dos chips H800 da Nvidia. 

O responsável de operações da OpenAI, Brad Lightcap, admite à CNBC que o número de utilizadores ativos é "a evolução natural" do produto, à medida que o ChatGPT vai atraindo curiosidade. "As pessoas foram ouvindo de boca e depois percebem a utilidade que tem", sustenta Lightcap.

Sobre a existência crescente de concorrência, o responsável da OpenAI indica que nada altera a visão da startup de Inteligência Artificial em relação ao seu trabalho, aos modelos ou mesmo ao mega plano de investimentos que tem definido a curto e médio prazo.

Para a criadora do ChatGPT, "o DeepSeek é um testamento ao quanto a IA entrou na consciência do público e se tornou convencional, algo que seria inimaginável há dois anos". 

O crescimento no número de utilizadores chega numa altura em que a Microsoft reforçou o investimento na OpenAI e o SoftBank se prepara para concluir o investimento de 40 mil milhões de dólares (38 mil milhões de euros), avaliando a empresa em perto de 300 mil milhões de dólares (287 mil milhões de euros).

A OpenAI tem atraído atenções nas últimas semanas, depois de um grupo liderado por Elon Musk apresentar uma proposta de 97,4 mil milhões de dólares (93,35 mil milhões de euros) para comprar a dona do ChatGPT, um movimento prontamente rejeitado por Sam Altman, CEO da empresa, e posteriormente confirmado pelo conselho de administração.