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RTP vai ficar com direitos de transmissão da Liga dos Campeões

"Vamos ficar com a Liga e não vamos sublicenciar", disse Gonçalo Reis à Lusa, acrescentando que, apesar dos direitos de transmissão da 'Champions' representarem um "investimento muito elevado", este é "um grande produto televisivo".

Miguel Baltazar
26 de Fevereiro de 2015 às 14:37
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A RTP vai ficar com a Liga dos Campeões que, "apesar de ser um investimento muito elevado, é um grande produto televisivo", e está disponível para sublicenciar o Mundial de futebol aos privados, disse hoje o presidente da empresa.

 

"A RTP vai ficar com a Liga dos Campeões, vamos honrar os compromissos com a UEFA", afirmou Gonçalo Reis à Lusa, que garantiu que esta é a "posição definitiva" da empresa.

 

"Vamos ficar com a Liga e não vamos sublicenciar", salientou, acrescentando que, apesar dos direitos de transmissão da 'Champions' representarem um "investimento muito elevado", este é "um grande produto televisivo".

 

O impacto deste evento desportivo nas audiências "é brutal", disse, referindo que a audiência média dos jogos atinge os dois milhões de espectadores.

 

"Historicamente é um produto da RTP", adiantou o presidente do Conselho de Administração da empresa, sublinhando que a televisão pública "tem condições únicas para tirar melhor partido do evento".

 

"A Liga dos Campeões [de futebol] está no DNA" da empresa e o objectivo é rentabilizar este investimento.

 

No entanto, Gonçalo Reis é claro: "Rentabilizar totalmente vai ser difícil", dado o valor de investimento, que é de cinco milhões de euros por ano, num total de 15 milhões de euros.

 

"Vamos fazer uma cobertura alargada, incluindo rádio, televisão, 'online'", disse.

 

Este é um "sinal de que a RTP está no mercado", afirmou Gonçalo Reis.

 

Além disso, explicou, "estamos disponíveis, nos grandes eventos como o Mundial de futebol, a retomar a tradição, num modelo a definir, de partilha ou sublicenciamento com outros operadores privados".

 

Nestes casos, como por exemplo os Mundiais de 2018 e 2022, "a RTP será sempre o principal operador", disse.

 

A RTP já manifestou esta intenção aos operadores privados.

 

"A nossa postura é de que estamos disponíveis para estudar formas de, em grandes competições que a RTP tenha os direitos, sublicenciar ou partilhar", tal como já aconteceu anteriormente com o Europeu de futebol de 2004, afirmou.

 

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