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CRESAP aprova administração da RTP mas aponta limitações à nova equipa
A Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública aprovou os três novos membros da equipa de gestão da RTP, mas aponta algumas críticas. Dois gestores tiveram pareceres de “adequado com limitações”.
A Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CRESAP) divulgou esta terça-feira, 10 de Fevereiro, o parecer sobre os novos administradores da RTP.
Os nomes de Gonçalo Reis (presidente), Nuno Artur Silva (responsável pelos conteúdos) e Cristina Vaz Tomé (vogal com o pelouro financeiro) foram aprovados por unanimidade. Porém, a entidade levanta algumas dúvidas sobre o perfil dos gestores.
Gonçalo Reis, novo presidente da televisão pública, teve nota positiva. Tendo em conta o seu currículo a CRESAP concluiu que o gestor apresenta um perfil técnico, "a par de uma experiência de gestão ao nível da direcção superior muito consistente, revelando conhecimento quer da RTP, onde aliás já foi administrador", lê-se no documento. "No entanto, não ficaram muito claras competências em termos de uma capacidade real para obter a colaboração de outros, ou a presença de uma forte sensibilidade social".
Cristina Vaz Tomé e Nuno Artur Silva foram "aprovados com limitações". Para a entidade, a gestora não terá conhecimentos na área do audiovisual, não ficando claro "o contributo, ou a mais-valia específica com que contribuirá para a administração da RTP. Cristina Vaz Tomé trabalhou durante vários anos na consultora KPMG.
Já Nuno Artur Silva, também aprovado com limitações, apresenta um perfil "reconhecido no meio audiovisual e televiso português, com larga experiência de gestão de topo", segundo a entidade. Porém, como foi fundador e tem exercido o cargo de presidente de uma empresa que detém um canal de televisão (Produções Fictícias) a CRESAP tem dúvidas se colocará problemas de natureza concorrencial.
A nova administração da RTP iniciou funções esta segunda-feira.