Notícia
Económico TV declarado insolvente
O canal de televisão da Ongoing foi declarado insolvente. O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias.
O Económico TV, da New Media, empresa do universo da Ongoing, entrou em processo de insolvência, de acordo com as informações publicadas esta segunda-feira, 21 de Novembro, no portal Citius.
"Na Comarca de Lisboa […] no dia 17-11-2016, ao meio dia, foi proferida sentença de declaração de insolvência do devedor: Económico TV - New Media", segundo a mesma publicação que aponta a Lisgráfica e a ST&SF (que detinha o Diário Económico) como credores do processo.
Esta decisão acontece depois de a Ongoing Strategy Investments, cabeça do grupo liderado por Nuno Vasconcellos, ter sido declarada insolvente no final de Agosto e ter avançado para liquidação no final de Outubro. A empresa tinha uma dívida de 1.200 milhões de euros.
De acordo com a informação publicada no Citius os credores da ETV "devem comunicar de imediato ao administrador da insolvência [Maria Virgínia Delgado Madrugo Figueira] a existência de quaisquer garantias reais de que beneficiem. Para citação dos credores e demais interessados correm éditos de 5 dias". O prazo para a reclamação de créditos foi fixado em 30 dias.
Quase todas as empresas da Ongoing estão sob administração judicial. A Ongoing é a accionista maioritária da Insight Strategic Investments. Empresa que, por sua vez, detinha uma participação maioritária sobre a Nivalis, o veículo que tinha directamente a participação na antiga Portugal Telecom, agora Pharol.
Durante anos, os resultados da Ongoing beneficiaram dos dividendos que a antiga PT distribuía, empresa onde teve uma fatia de 10%. E chegou a ter um papel activo na história da operadora, ao ajudar a travar a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Sonaecom sobre a operadora nacional em Fevereiro de 2006.
Com o fim dos dividendos e com a queda do BES e da PT, o grupo fundado por Vasconcellos e Rafael Mora entrou em colapso. A crise financeira do grupo de Nuno Vasconcellos deixou em dificuldades praticamente todas as empresas do grupo, incluindo os activos no Brasil, como os jornais O Dia e Meia Hora.