Notícia
Dona do Diário Económico vai ser liquidada
A ST&SF, empresa da Ongoing que detém o Diário Económico vai ser liquidada. O processo de insolvência não abrange o site Economico.pt nem o canal ETV.
A empresa do grupo Ongoing que detém o Diário Económico, a ST&SF, vai avançar para um processo de liquidação. A proposta vai ser feita pela administradora de insolvência da ST&SF na assembleia de credores agendada para o próximo dia 23 de Junho, segundo o site Económico.
Este processo não abrange as empresas proprietárias da edição online do Económico e do ETV, " que vão continuar a funcionar, no âmbito de uma solução de futuro", segundo o site económico.
Como foi noticiado recentemente pelo Expresso, os donos do Oje estão a negociar a compra destes dois activos com o grupo de Nuno Vasconcellos.
De acordo com o documento que será apresentado aos credores, citado pelo Económico, a administradora Paula Mattamouros Resende refere que o processo de insolvência foi impulsionado pela "crise económica e financeira que se abateu sobre Portugal nos últimos anos", que também teve impacto no sector dos media.
E tendo em conta o passivo de 11,6 milhões de euros da ST&SF, concluiu que não é possível relançar a empresa. A sociedade apresentou o plano de revitalização no dia 18 de Março, o mesmo dia em que saiu para as bancas a última edição em papel do jornal, cuja marca foi penhorada pelo Fisco no seguimento das dívidas avultadas da Ongoing aos trabalhadores e fornecedores.
"Com o fecho da edição em papel a recuperação [da ST&SF] torna-se muito mais difícil, não obstante manter-se em actividade a edição televisiva e online do jornal, ou seja, o Económico Digital, cuja produção cabe a outras empresas do mesmo grupo", segundo a proposta da administradora judicial.
De acordo com informações recolhidas pelo Negócios, a maioria dos actuais trabalhadores da ST&SF deverão transitar para o novo projecto quando o fundo proprietário do jornal Oje concluir a compra do Económico Digital e da ETV.
A ST&SF é detida pela Económica SGPS, do grupo Ongoing que entrou em colapso com a queda do BES e da PT tendo também avançado com um Processo Especial de Revitalização (PER), somando dívidas superiores a 1.200 milhões de euros.