"Uma moto de água foi o único bem que foi encontrado em nome de Nuno Vasconcellos para responder por uma dívida pessoal de 9,7 milhões de euros que o empresário tem no BCP", avança o Expresso na edição deste sábado, 8 de Abril.

Recorde-se que em Agosto do ano passado a Ongoing Strategy Investments, cabeça do grupo liderado por Nuno Vasconcellos, foi declarada insolvente. A empresa tinha uma dívida superior a 1,3 milhões de euros, já com juros. O Novo Banco e o BCP encabeçam a lista dos principais credores, reclamando quase 800 milhões.


Todo o grupo estava com problemas desde a queda do Banco Espírito Santo, o que piorou com a derrocada na PT - onde a Ongoing, através da RS Holding, chegou a deter uma posição de 10%. A decisão de declaração de insolvência seguiu-se à rejeição do plano de recuperação apresentado pela empresa, que propunha o pagamento, a 15 anos, de um valor máximo de pouco mais de 17 milhões de euros.

A 26 de Outubro foi tornado oficial: a holding chegava ao fim. A assembleia de credores do grupo votou nesse dia o relatório do administrador de insolvência, que sugeria a liquidação como a única via, perante a manifesta impossibilidade de recuperação da empresa. A votação resultou assim na aprovação do encerramento imediato da sua actividade e a sua liquidação.

Quanto a Nuno Vasconcellos, a sua insolvência pessoal foi declarada a 26 de Janeiro deste ano. A dívida ascende a 9,7 milhões. Em seu nome o BCP encontrou apenas uma moto de água.

Conforme sublinha o Expresso, já há muito que Vasconcellos não tem bens em seu nome. O presidente da Ongoing e dono do extinto Diário Económico "vive em São Paulo, onde também tem negócios em dificuldade, e quando vem a Portugal fica em Cascais, em casa da mãe, Isabel Rocha dos Santos, uma das herdeiras da antiga Sociedade Nacional de Sabões", refere o semanário.