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Merkel preocupada com competências da UE na área dos chips e baterias

A chanceler alemã mostrou-se preocupada com as competências do bloco na produção de chips e baterias. “Se um bloco grande como a UE não está numa boa posição para criar chips, não estou confortável com isso”, afirmou.

A chanceler alemã, Angela Merkel, tem pedido prudência na reabertura.
Omer Bessing/EPA
19 de Maio de 2021 às 16:06
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Em declarações proferidas numa conferência sobre o futuro da inovação na Alemanha, Angela Merkel demonstrou preocupação sobre as competências da União Europeia na produção de chips e baterias, necessários para competir com outras potências em áreas como a produção automóvel ou o desenvolvimento de dispositivos conectados.

"Se um bloco grande como a União Europeia não está na posição de criar chips, então não estou confortável com isso", afirmou a chanceler alemã, citada pela agência Reuters. "Não é bom se se é uma nação automóvel e não se consegue produzir o componente nuclear."

As declarações de Angela Merkel são feitas num momento em que existe uma falha a nível global na disponibilidade de chips, situação que tem criado constrangimentos em diversas indústrias, principalmente no setor automóvel. A produção automóvel tem ficado cada vez mais dependente destes componentes ao longo dos últimos anos. Em Portugal, depois da Autoeuropa, também a PSA de Mangualde e a Bosch de Braga sentiram a necessidade de travar a produção automóvel devido à escassez de semicondutores.

Com menos componentes disponíveis no mercado global, os poucos recursos disponíveis no mercado viram os preços disparar, devido à elevada procura.

Para Merkel, caso a Europa venha a perder a capacidade para fabricar os componentes que são usados em equipamentos de diversos setores ficará "muito dependente" de outras geografias, particularmente da Ásia.

"Precisamos de uma discussão global sobre a quantidade de confiança que podemos dar uns aos outros ou vamos ter custos muito elevados", notou a chanceler, referindo-se à dependência e confiança conferida a outros países. Merkel notou que a pandemia, que teve início na Ásia, perturbando várias cadeias logísticas, mostrou a importância de "reforçar os contratos caso o Ocidente continue a contar com a produção em regime de "outsourcing" em países menos desenvolvidos".

No início deste mês foi anunciado pela Comissão Europeia um conjunto de propostas para a estratégia industrial do bloco que, em última instância, recorre à constituição de alianças externas para reduzir a dependência em relação à China. Esta proposta sinalizou 34 bens, entre matérias-primas e químicos, em que a UE está demasiado dependente de outras nações.
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