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Crise de chips em “zona de perigo” com maior prazo de entrega

A crise de semicondutores, que já abalou fabricantes e empresas de eletrónica, está cada vez pior, o que está a complicar a recuperação da economia global da pandemia de coronavírus.

A pandemia contribuiu para a compra de aparelhos com microprocessadores cujos fornecedores não tinham em quantidade suficiente para entrega.
Sefa Ozel
22 de Maio de 2021 às 10:00
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O prazo entre os pedidos e as entregas de ‘chips’ aumentou para 17 semanas em abril, indicando que os utilizadores estão cada vez mais desesperados para garantir fornecimentos, de acordo com a análise do Susquehanna Financial Group. Este é o prazo mais longo desde que a empresa começou a registar dados em 2017, naquilo que é descrito como "zona de perigo".

"Houve um aumento considerável em todas as principais categorias de produtos", disse Chris Rolland, analista da Susquehanna, num relatório publicado na terça-feira, citando a gestão de energia e os prazos de entrega de ‘chips’ analógicos, entre outros. "Estes foram alguns dos maiores aumentos desde que começamos a registar os dados."

A escassez de ‘chips’ agora atinge vários setores, o que limita a entrega de produtos como carros, consolas de jogos e frigoríficos. As fabricantes deverão perder 110 mil milhões de dólares (cerca de 90 mil milhões de euros) em vendas este ano, pois empresas como a Ford, General Motors e outras têm paralisado fábricas por falta de componentes essenciais.

Esta situação tem feito abrandar o crescimento económico e a criação de empregos, além de aumentar o receio de pedidos de pânico que podem levar a perturbações no futuro.

A indústria de ‘chips’ e os clientes observam os prazos de entrega como um indicador do equilíbrio entre oferta e procura. Um maior desequilíbrio indica que os compradores de semicondutores estão mais dispostos a garantir o fornecimento futuro para evitar a recorrência de déficits.

Os analistas acompanham estes números como um prenúncio de acumulação de stock que pode causar quedas repentinas dos pedidos. "Os prazos de entrega elevados geralmente levam a um mau comportamento dos clientes, o que inclui a acumulação de stocks, mais stocks de segurança e pedidos duplos", escreveu Rolland.
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