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La Seda de Barcelona pede liquidação

O presidente da La Seda, o gestor português Carlos Moreira da Silva, explica que a liquidação da sociedade é “a melhor alternativa” para proteger o valor dos activos do grupo num processo controlado de alienações, no qual, diz a La Seda, já há “diversas manifestações de interesse”.

03 de Janeiro de 2014 às 16:45
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A La Seda de Barcelona (LSB), empresa petroquímica espanhola que tem a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e os donos da BA Vidro entre os seus maiores accionistas, pediu à justiça catalã a abertura da fase de liquidação da própria LSB, segundo um comunicado ao mercado publicado na sexta-feira. O objectivo é promover um processo controlado de venda dos negócios do grupo, de modo a garantir que possam continuar a ser desenvolvidos por outros investidores. 

 

“A decisão de solicitar a abertura da fase de liquidação foi adoptada por ser considerada, nas circunstâncias actuais, a melhor alternativa para proteger o valor dos activos da LSB, com o objectivo de facilitar um processo controlado de venda dos negócios da sociedade, garantindo a sua continuidade”, explica a La Seda no comunicado subscrito pelo seu presidente, Carlos Moreira da Silva.  

 

Segundo as informações avançadas pela empresa catalã, existem “diversas manifestações de interesse e ofertas recebidas pelos referidos negócios”. O comunicado, contudo, não entra em pormenores sobre essas ofertas.  

 

O pedido de liquidação da “holding” surge depois de em Dezembro último terem sido revelados os números mais recentes sobre a situação patrimonial da La Seda. Com activos de 624 milhões de euros, a LSB tem pendentes reclamações de créditos (reconhecidas nos processos de insolvência que envolvem não só a “holding” mas também mais de uma dezena de subsidiárias em vários países) no valor de 736 milhões de euros. A situação patrimonial do grupo é negativa em quase 112 milhões.  

 

Mas estes números estão dependentes de vários factores, tais como o resultado dos litígios que envolvem a La Seda e o desenlace dos processos de venda das fábricas IQA e Artenius Espanha e das participações da Artenius Turkpet. Também as relações contratuais entre a LSB e a portuguesa Artlant PTA, de Sines, são apontadas como um factor de incerteza no cálculo da situação patrimonial do grupo catalão.  

 

Actualmente, o maior accionista da LSB, com 20%, é a BA PET, sociedade controlada pelos donos da portuguesa BA Vidro. O segundo maior accionista é a CGD, com 14,77%. O terceiro é a Liquidambar, com 5,2%, estando o restante capital disperso por pequenos accionistas.

 

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