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La Seda de Barcelona reduz prejuízos no primeiro trimestre de insolvência

Grupo detido em 34,8% por capitais portugueses reduziu em mais de 50% as perdas entre Janeiro e Março deste ano, no mesmo trimestre em que a justiça catalã aceitou o seu pedido de insolvência.

Bruno Simão/Negócios
29 de Maio de 2014 às 21:16
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O grupo La Seda de Barcelona (LSB), detido em 20,03% pela BA PET (o mesmo núcleo accionista que controla a BA Vidro, liderado por Carlos Moreira da Silva) e em 17,44% pela Caixa Geral de Depósitos, reduziu as suas perdas em 55% durante o primeiro trimestre deste ano, face ao período homólogo de 2013.  

 

Entre Janeiro e Março deste ano, os prejuízos consolidados do grupo catalão passaram para 7,5 milhões euros, face a 16,8 milhões de euros registados um ano antes, de acordo com a informação divulgada esta quinta-feira ao mercado espanhol, onde a empresa está cotada, embora com negociação suspensa.

 

Em comunicado ao mercado, a administração da LSB – que actualmente é feita por uma entidade externa, mandatada pela justiça catalã – adianta que o volume de negócios registado foi de 131,2 milhões de euros (menos 1,2% em termos homólogos).

 

O valor, adianta o comunicado à CNMV (regulador do mercado espanhol), é relativo à actividade da sociedade dominante e a divisão da packaging do grupo. "A manutenção do volume de negócios foi conseguida com um importante aumento dos volumes comercializados compensado, em parte, pelo efeito da diminuição dos preços de compra de matérias-primas passado aos clientes".

 

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, amortização e depreciação) recuou de 12,05 milhões de euros entre Janeiro e Março de 2013 para 7,3 milhões de euros um ano depois, "reflectindo directamente a redução na margem bruta produzida pela diminuição dos níveis de stocks e a correspondente absorção dos custos fixos da produção".  

 

A LSB, que ainda é dona de 41,11% da Artlant – unidade industrial de PTA em Sines anteriormente conhecida por Artenius Sines – solicitou a 3 de Janeiro à justiça catalã a abertura da fase de liquidação do grupo de 13 empresas, incluindo a casa-mãe catalã. O pedido da administração da LSB, então ainda liderada por Carlos Moreira da Silva, foi aceite um mês depois pelo Tribunal de Comércio de Barcelona, que nomeou um administrador judicial. O plano culminará com a "dissolução da sociedade".

 

A 7 de Março passado foi entregue o plano de como essa liquidação será feita, com alienação de vários activos, nomeadamente da divisão e packaging, como "unidade produtiva supranacional", mediante um "processo de venda internacional, público, concorrencial e transparente, que maximize o preço de venda da divisão na sua totalidade". A unidade de packaging foi responsável por venda de 141,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 17,3% em volume.

 

O grupo terminou o primeiro trimestre deste ano com uma dívida líquida de 645,4 milhões de euros (mais 2,5% do que um ano antes).

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