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La Seda agravou prejuízo no primeiro semestre

O grupo petroquímico espanhol, que tem a BA PET e a Caixa Geral de Depósitos como maiores accionistas, teve um prejuízo de 73 milhões de euros até Junho, num semestre em que o volume de negócios recuou 19,1%, mas o EBITDA melhorou 10,9%.

28 de Agosto de 2013 às 18:50
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A La Seda de Barcelona, empresa petroquímica espanhola que tem os grupos portugueses BA PET e CGD como maiores accionistas, registou no primeiro semestre deste ano um prejuízo de 73 milhões de euros, mais 85,8% do que a perda de 39,3 milhões de euros contabilizada no mesmo período do ano passado.

 

No seu relatório do primeiro semestre, a La Seda, que se encontra sob um processo de insolvência, revela que o volume de negócios do grupo no primeiro semestre caiu 19,1%, para 505 milhões de euros. 

 

Ainda assim, o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) melhorou 10,9%, para 14,5 milhões de euros. De acordo com a La Seda, numa base recorrente o EBITDA subiu 27,8%, para 21,5 milhões. “Este aumento foi consequência do melhor desempenho da divisão química, das melhorias na eficiência produtiva da divisão de embalagens e da redução geral dos custos de estrutura”, explica a empresa catalã.

 

A diferença entre o valor real do EBITDA (14,5 milhões de euros) e o valor recorrente (21,5 milhões) está essencialmente relacionada com despesas de reestruturação e custos judiciais e os resultados de fábricas não operacionais.

 

Para o agravamento do prejuízo no primeiro semestre contribuíram, principalmente, as depreciações dos activos do grupo. 

 

A La Seda, que tem como presidente o gestor português Carlos Moreira da Silva, nota ainda que os volumes vendidos pela sua divisão de embalagens permaneceram estáveis face ao primeiro semestre do ano passado, devido à obtenção de novos clientes e ao crescimento orgânico em vários países, num contexto de abrandamento da procura.

 

Tendo a BA PET e a Caixa Geral de Depósitos como maiores accionistas (com 20,03% e 14,77% do capital, respectivamente), a La Seda conseguiu manter o seu endividamento financeiro relativamente estável (passou de 640,5 para 642,2 milhões de euros), bem como a dívida líquida (que subiu 0,4%, de 612,3 para 615,1 milhões de euros). Os activos totais da La Seda, no entanto, recuaram 6,2%, para 870,2 milhões de euros.

 

A 17 de Junho a empresa espanhola, que explora em Portugal uma fábrica de PTA (matéria-prima usada na produção de embalagens de plásticos), apresentou um pedido de insolvência, para proteger a La Seda durante a reestruturação da sua dívida.

 

No relatório do primeiro semestre a La Seda explica que o conselho de administração “está actualmente a negociar com os credores e entidades financeiras para conseguir o melhor acordo para todas as partes”. Quando este acordo for alcançado, a La Seda informará o mercado.

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