Notícia
Estados Unidos reduzem taxa anti-dumping à Portucel
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos decidiu reduzir a taxa de anti-dumping à Portucel de 29,53% para 7,8%. A informação foi enviada pela empresa ao regulador do mercado de capitais português.
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos da América (EUA) decidiu reduzir a taxa anti-dumping imposta à Portucel. No início do ano passado, sindicatos da indústria de papel de escritório e produtores norte-americanos apresentaram uma queixa às autoridades norte-americanas no sentido em que houvesse uma investigação a "alegadas práticas de dumping [situação na qual empresas de um país vendem determinado produto para outro país a preços significativamente mais baixos dos que os praticados nessa geografia] nas importações de papel de diversos formatos provenientes de cinco países", incluindo Portugal, como pode ler-se no comunicado da empresa do sector da pasta e do papel enviado durante esta madrugada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Em Agosto do ano passado, foram publicados pelo Departamento do Comércio dos EUA os resultados preliminares do processo e foram determinadas margens provisórias para os vários exportadores. Sendo que, à Portucel foi aplicada uma margem provisória de 29,53% que, foi agora reduzida para 7,8%.
"Em 20 de Agosto de 2015 o Departamento de Comércio publicou os resultados preliminares do processo tendo determinado margens provisórias relativamente aos diversos exportadores em causa. Relativamente à Portucel a margem provisória determinada foi de 29.53%, tendo esta vigorado até agora. Tal como já teve oportunidade de esclarecer, a Portucel considerou esta margem totalmente desajustada, tendo destacado que parte do cálculo se tinha alicerçado em inferências de natureza adversa face a informação que o Departamento de Comércio classificou como errónea, o que ficou comprovado com a notificação hoje da decisão do Departamento de Comércio de determinar uma taxa final anti-dumping de 7,8%", pode ler-se no comunicado enviado pela empresa liderada por Diogo da Silveira (na foto) ao regulador do mercado de capitais nacional.
Apesar desta redução da taxa anti-dumping, a empresa portuguesa "continua em total desacordo com a aplicação de qualquer margem anti-dumping e utilizará todos os meios processuais disponíveis para evidenciar que esta medida é injustificada".