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Portucel obrigada a pagar um imposto de quase 30% nos EUA

As empresas estrangeiras que operam no mercado do papel nos EUA estão a ser alvo de processos anti-dumping, tendo o regulador determinado que no caso da Portucel seja aplicada uma margem provisória de quase 30%. A empresa portuguesa vai contestar a decisão.

A Navigator foi das últimas cotadas a revelar quanto vai pagar aos accionistas. No total será 0,34868 euros, pagos através da remuneração regular e da distribuição de reservas, uma prática já habitual na empresa liderada por Diogo da Silveira.
Miguel Baltazar/Negócios
21 de Agosto de 2015 às 10:54
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Os Estados Unidos determinaram uma série de margens provisórias que têm de ser pagas pelas empresas estrangeiras que operam no mercado de venda de papel no país. A Portucel foi uma das afectadas, tendo a margem provisória – que representa uma taxa aduaneira – sido fixada em 29,53%, revelou esta sexta-feira, 21 de Agosto, a empresa liderada por Diogo da Silveira em comunicado para a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

"Esta medida permanecerá em vigor durante quatro meses, altura em que será determinada a margem de 'dumping' final que substituirá a provisória e que fixará a respectiva taxa anti-dumping", adianta a mesma fonte.

 

"A margem das importações do papel da Portucel é a mais baixa de todas as aplicadas aos diversos países visados no processo, que em alguns casos ultrapassou os 190%, sendo certo que em Junho já havia anunciado direitos de compensação preliminares impostos à Indonésia e China que atingiram 131% e 126% respectivamente", explica a empresa em comunicado.

 

A empresa adianta que vai contestar a decisão, realçando que "tem vindo a desenvolver a sua actividade comercial nos Estados Unidos ao longo dos últimos 15 anos e que o sucesso da sua estratégia tem sido sustentado nas vendas para o segmento de papel ‘premium’, com preços médios mais de 10% acima do ‘benchmark’ do mercado norte-americano."

 

O processo em causa foi iniciado em Janeiro de 2014, "quando um grupo de produtores de papel de escritório norte-americanos e um conjunto de sindicatos da indústria entregou uma queixa tendente à investigação de alegadas práticas de dumping nas importações de papel de diversos formatos provenientes de cinco países, nomeadamente Austrália, Brasil, China, Indonésia e Portugal", explica a Portucel no comunicado emitido.

 

A empresa rejeita esta prática e realça que "não só pratica de forma consistente os preços mais altos de todos os exportadores visados pelo caso", como apresentou os volumes de vendas, em quantidade, mais estáveis durante o período de análise (2012-14)".

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