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Repsol perde 6% dos lucros no primeiro trimestre

A refinação compensou a queda dos preços do petróleo e melhorou os lucros recorrentes da Repsol. Contudo, como, no ano passado, a empresa tinha obtido mais-valias com a venda de activos, os lucros líquidos deslizaram em 2015.

Bloomberg
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A Repsol perdeu 5% do resultado líquido nos primeiros três meses do ano, já que no mesmo período do ano anterior tinha conseguido gerar mais-valias com a venda de activos que não se repetiram.

 

O resultado líquido da petrolífera espanhola fixou-se nos 761 milhões de euros, menos 5,7% do que nos primeiros três meses de 2014, segundo o comunicado de resultados divulgado esta quinta-feira, 7 de Maio.

 

Nas petrolíferas, contam-se normalmente resultados líquidos e resultados líquidos recorrentes, sendo que os primeiros são afectados por aspectos extraordinários, como vendas de activos. Foi o que aconteceu com a Repsol. Perdeu resultado líquido porque, no ano passado, havia contabilizado 299 milhões de euros na rubrica de "resultados obtidos com operações descontinuadas", com a venda de activos da Gas Natural Licuado. Este ano não se repetiram e o lucro desceu. 

 

Já o resultado líquido recorrente da Repsol, que mostra o lucro sem o efeito dos itens extraordinários e portanto mostra o desempenho das operações, melhorou 74,4% face ao mesmo período do ano passado.

 

O resultado líquido recorrente da empresa que também tem presença em Portugal (mercado que não é discriminado nos resultados) fixou-se em 928 milhões de euros, comparáveis aos 532 milhões homólogos. O valor obtido ficou acima da média de 435 milhões de euros avançada pelos analistas consultados pela agência Bloomberg.

 

Aqui, a grande ajuda veio do negócio de "downstream", que, na linguagem do mundo do petróleo, tem que ver com as áreas de refinação, distribuição e comercialização - foi a margem de refinação que deu o grande impulso neste caso. O indicador subiu de 290 milhões para 534 milhões de euros, mais 84%.

 

O avanço na refinação compensou a forte quebra registada no segmento de "upstream", que passa pela exploração e pela produção, que sofreu o impacto da queda dos preços do petróleo – recuou de 255 milhões para um prejuízo de 190 milhões de euros. 

 

Entretanto, a empresa também diz no comunicado que a dívida alcançou "mínimos históricos" ao fixar-se em 126 milhões de euros no final de Março de 2015. Encontrava-se em 1.935 milhões no último trimestre de 2014 – foi feita uma emissão de dívida (ou seja, pedido um empréstimo) que foi considerada património e outra dívida bruta, aliviando a dívida líquida.

 

Os resultados foram mal recebidos pelo mercado, com a Repsol a descer 3,64% para os 17,76 euros por acção.

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