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Presidente da BP Espanha critica quota "desproporcionadamente alta" da Repsol e da Galp

Quando questionado se a Repsol deveria ser obrigada a reduzir a sua quota de mercado, Luis Aires, presidente da BP em Portugal e Espanha, preferiu não dar uma resposta directa. Disse apenas que “há poucos mercados na Europa” onde os operadores dominantes têm cotas de mercado "tão desproporcionadamente alta" como em Espanha e Portugal.

Bloomberg
03 de Agosto de 2015 às 11:41
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Luis Aires, presidente da BP em Espanha, recusa que a empresa seja colocada no mesmo "saco" que a Cepsa ou a Repsol quando se fala em oligopólio no sector dos combustíveis espanhol e criticou, ainda que indirectamente, o peso dos principais agentes de mercado em Espanha – a Repsol – e em Portugal – a Galp.

"Há poucos mercados na Europa em que um operador tenha uma quota de mercado tão desproporcionadamente alta como as que têm os primeiros concorrentes de Espanha e Portugal. Na maior parte dos mercados existem vários operadores com quotas que não chegam aos 20% ", disse Luis Aires em entrevista ao El País esta segunda-feira, 3 de Agosto, preferindo não dar uma resposta directa quando questionado se a Repsol deveria ser obrigada a reduzir a quota de mercado em Espanha.

O presidente da BP não deixou de fazer nestas declarações uma referência a Portugal, onde a Galp é o maior agente no mercado.

Em causa nesta entrevista ao El País está o facto de a Autoridade da Concorrência espanhola acusar a BP, a Repsol e a Cepsa de dificultar a entrada no mercado a novos concorrentes, algo que a BP refuta.

"Com 7,5% do mercado [espanhol], não nos agrada que nos coloquem no saco de um potencial oligopólio", começou por dizer Luis Aires. "Quando tens um operador no mercado com uma quota de mercado de 40% é muito difícil que sobrevivam quotas de mercado pequenas", acrescentou, em referência ao peso da Repsol no mercado espanhol.

Assim sendo, "o que realmente complica a entrada de [novos] operadores é o facto de ser um mercado muito competitivo, não é que o impeçamos", concluiu.

(Notícia corrigida às 16h20. Clarificado o cargo de Luis Aires)

 

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