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Ex-CEO da Galp lidera corrida a poços de petróleo da Petrobras

Ferreira de Oliveira apresentou a proposta mais elevada por três campos petrolíferos que a Petrobras colocou à venda, avança a Bloomberg.

Pedro Elias/Negócios
12 de Setembro de 2016 às 13:07
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Ferreira de Oliveira lidera a corrida para ficar com três campos de petróleo no "offshore" (mar) do Brasil. A Petroatlantic apresentou assim propostas mais elevadas do que as suas concorrentes: a australiana Karoon Gas Australia, a brasileira Petrorio e a Letterone Holdings do milionário russo Mikhail Friedman.

A notícia é avançada pela agência Bloomberg que cita fontes com conhecimento da operação. Contactado pelo Negócios, Manuel Ferreira de Oliveira limitou-se a dizer que "quando há um processo concursal a decorrer, dizem as boas regras da prudência que os participantes não devem comentar".

O antigo presidente da Galp apresentou uma oferta de 1,6 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) para ficar com os campos Bauna, Golfinho e Tartaruga, avança a Bloomberg. E encontra-se actualmente à procura de financiamento para este negócio. A jóia da coroa deste pacote é o campo de Bauna que é o 12º maior campo produtor de petróleo no Brasil.

Ferreira de Oliveira admitia recentemente estar atento aos activos da estatal brasileira. "A Petroatlantic foi criada para olhar e tentar fazer algo no programa de desinvestimentos da Petrobras", disse numa conferência que teve lugar em Lisboa em Maio.

A Petrobras teve prejuízos de 8,5 mil milhões de euros em 2015 e para equilibrar as contas anunciou a venda de 15 mil milhões de dólares de activos.

Até ao momento, a petrolífera só arrecadou 4,6 mil milhões de dólares, menos de um terço da meta estipulada, com vendas de activos na Argentina, Brasil e Chile. O mais relevante foi a venda do campo de Carcará à estatal noruguesa Statoil por 2,5 mil milhões de dólares em Julho. Com este negócio, a petrolífera noruguesa tornou-se parceira da Galp no pré-sal da bacia de Santos.

Ferreira de Oliveira, 67 anos, liderou a Petrogal, que deu origem à Galp, entre 1995 e 2000, tendo depois saído para a Unicer. Mais tarde, em 2007, regressou à Galp para ficar ao leme da petrolífera até 2015 quando foi substituído por Carlos Gomes da Silva.

O gestor deixou a Galp em Abril de 2015 mas não esteve parado. Passados uns meses já estava a trabalhar na sua "startup" petrolífera, conforme avançou em primeira mão o Negócios em Julho de 2015.

A nova companhia foi criada com o objectivo de estudar a aquisição de activos rentáveis no triângulo atlântico da lusofonia: Portugal, Brasil e Angola. Conforme revelou então, a Petroatlantic era "uma oportunidade que não podia perder".
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