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Petróleo afunda depois de novos dados da OPEP
Os preços do petróleo caem mais de 2% nos mercados internacionais depois de a OPEP ter alterado as suas previsões relativamente ao abastecimento no próximo ano dos países fora do cartel.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) alterou as suas previsões em relação à produção da matéria-prima por parte de países que não integram o organismo. O cartel antecipa agora que os produtores de petróleo que não pertencem à OPEP vão aumentar a sua produção no próximo ano.
Uma estimativa que penaliza a cotação da matéria-prima uma vez que o mercado já enfrenta uma situação de excedente de petróleo e com um aumento da produção o excesso de "ouro negro" vai persistir. E que empurrou o preço das unidades de referência do ouro negro para quedas mais avultadas nos mercados internacionais.
Por esta altura, em Nova Iorque o barril de West Texas Intermediate desce 2,33% para 44,81 dólares por barril. Em Londres, o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, desvaloriza 2,21% para 46,95 dólares por barril.
A estimativa da OPEP aponta assim para que, no próximo ano, a produção de petróleo, por parte dos países que não pertencem ao organismo (como é o caso da Rússia e dos EUA), vá aumentar em 200 mil barris por dia de acordo com a Bloomberg. Esta previsão vai em sentido contrário à que foi divulgada há um mês. Na altura, a OPEP antecipava uma diminuição de 150 mil barris diários.
Este crescimento na produção deve-se em parte a uma start-up que opera no campo de Kashagan, no Cazaquistão. "Para 2017, o crescimento da oferta por parte [dos países] que não pertencem à OPEP foi revisto em alta", refere o relatório mensal da OPEP, citado pela agência noticiosa. "Isto deve-se sobretudo à nova produção de Kashagan no próximo ano".