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Impacto da Digi? "Nós competimos com qualidade", diz CEO da Meo

A presidente executiva da Meo remete comentários sobre uma eventual alteração de tarifários para o "momento certo". Quanto aos preços baixos da Digi, dedende que em alguns pontos não se está "a comparar maças com maças".

Serviços empresariais deram o maior contributo para as receitas.
Alexandre Azevedo
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A presidente executiva da Altice Portugal, antiga PT, considera que a concorrência é "sempre saudável". Mas no que toca à entrada da Digi no mercado português, diz que, até agora, a única variável que viu foi o preço. "E não estamos a comparar maçãs com maçãs em algumas matérias", comentou Ana Figueiredo à margem da conferência da associação de operadoras Connect Europe promovida esta sexta-feira pela Altice.

"Se há empresa neste país que está habituada a competir, somos nós. Fomos o incumbente e desde que o mercado foi liberalizado [em 1996] já assistimos a vários concorrentes a entrar e sair. E houve uma coisa que se manteve: a Meo como líder do setor", disse a gestora em resposta às perguntas dos jornalistas sobre o impacto da chegada da operadora romena. 

No que toca à eventual descida dos preços para responder à oferta da Digi, Ana Figueiredo sublinhou que sempre tiveram  "concorrência feroz". Mas prefere não fazer comentários sobre os preços para já. "As políticas comerciais serão, obviamente, implementadas num momento certo", referiu.

Questionada se acha que há "opacidade" em torno da operadora romena, tal como o CEO da Nos, Miguel Almeida, disse em entrevista ao Negócios, Ana Figueiredo respondeu: "Nós competimos com qualidade". 

A líder da Meo também preferiu não tecer comentários às críticas que a Nos fez à falta de inovação da operadora romena nos mercados onde está. "A mim, o que me apraz dizer sobre isso é que estamos ainda a ver os primeiros passos. A Digi lançou a sua oferta comercial esta semana. Até agora, efetivamente, a única variável que eu vi foi o preço e não estamos a comparar maçãs com maçãs em algumas matérias", comentou.

 

Ana Figueiredo rejeitou ainda que o preço das telecomunicações em Portugal seja superior à média europeia,  como os números da Anacom, com base nos dados do Eurostat, chegaram a apontar.

"Eu acho que os portugueses falam sempre muito do preço dos pacotes, mas se compararem as funcionalidades e a qualidade de serviço vão ver que poucos países estão acima de nós", defendeu, lembrando que Portugal está no pódio em termos de cobertura de rede, e não só a nível europeu.

A operadora romena apresentou na segunda-feira o plano de ataque para o mercado português, onde garante estar "para ficar". A estratégia vai passar por preços agressivos e não ter períodos de fidelização, mas não terá cobertura a nível nacional nem canais de desporto "premium", canais SIC e CMTV.

 

Questionado pelas  declarações do CEO da Nos, o administrador da Digi, Valentin Popoviciu, comentou apenas que o interessa da operadora é "o que fazemos pelos consumidores" e "dá para ver pelo que apresentamos hoje se há opacidade ou não".

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