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Chefe da diplomacia europeia afirma que tropas norte-coreanas é globalização da guerra na Ucrânia

“Quem imaginaria que as tropas norte-coreanas estariam a lutar contra a Ucrânia”, disse Borrell numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrí Sibiga, realizada em Kiev, na Ucrânia.

Sergey Dolzhenko
09 de Novembro de 2024 às 16:42
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O alto representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e Segurança, Josep Borrell, alertou hoje, em Kiev, que a incorporação de soldados norte-coreanos nas tropas russas representa uma "globalização da guerra".

 

"Quem imaginaria que as tropas norte-coreanas estariam a lutar contra a Ucrânia", disse Borrell numa conferência de imprensa conjunta com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrí Sibiga, realizada em Kiev, na Ucrânia.

 

Borrell destacou a necessidade de aumentar a pressão diplomática sobre a Coreia do Norte para evitar que Pyongyang envie mais soldados para lutar com a Rússia, realçando que a sua recente viagem à Coreia do Sul para coordenar as reações com Seul é um passo nessa direção.

 

"A segurança da Coreia do Sul depende da Ucrânia e também está a ser defendida aqui", referiu, sobre as ramificações que a entrada de Pyongyang na guerra pode ter na região Ásia-Pacífico.

 

O chefe da diplomacia europeia insistiu que os parceiros ocidentais da Ucrânia devem permitir que a Ucrânia utilize as suas armas para atacar alvos militares localizados na Federação Russa, uma exigência de Kiev que ainda não recebeu luz verde.

 

Borrell chegou hoje a Kiev, na sua quinta visita à Ucrânia desde o início da invasão militar russa.

 

Na quinta-feira, a Presidência russa (Kremlin) voltou a fugir à questão da presença de soldados norte-coreanos na Rússia, denunciada pela Ucrânia, Estados Unidos e Coreia do Sul, remetendo a questão para o Ministério da Defesa.

 

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assegurou, nesse mesmo dia, que soldados norte-coreanos estavam a combater na região russa de Kursk, parte da qual está ocupada pelas forças ucranianas, e tinham sofrido baixas.

 

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