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Ucrânia: Oito países da UE pedem a Bruxelas mais taxas sobre produtos russos

Suécia, Dinamarca, Finlândia, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia e Irlanda exigem “uma proposta abrangente” para aumentar as tarifas sobre o maior número possível de importações russas e bielorrussas para a UE, no âmbito da invasão russa da Ucrânia.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, prometeu em abril que a UE iria apoiar a Ucrânia, num encontro com Zelensky.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Janis Laizans / Reuters
09 de Novembro de 2024 às 09:59
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Oito Estados-membros da União Europeia (UE), sobretudo nórdicos e bálticos, instaram hoje à Comissão Europeia a impor mais tarifas aos produtos russos, para cortar uma fonte de rendimento a Moscovo e dificultar o comércio com a Rússia.

 

Numa carta assinada por ministros da Suécia, Dinamarca, Finlândia, Letónia, Lituânia, Estónia, Polónia e Irlanda, estes países exigem "uma proposta abrangente" para aumentar as tarifas sobre o maior número possível de importações russas e bielorrussas para a UE, no âmbito da invasão russa da Ucrânia.

 

Os ministros referiram que esta seria uma complemento à panóplia de sanções que o bloco comunitário tem contra diferentes setores económicos russos.

 

"Temos de nos concentrar no comércio que continua a trazer receitas significativas à Rússia. Um contributo concreto para alcançar este objetivo é a introdução de tarifas de importação da UE sobre os produtos russos", pode ler-se na carta citada pela agência Europa Press e que é dirigida ao comissário europeu do Comércio, Valdis Dombrovskis, e ao seu sucessor no cargo, Maros Sefcovic.

 

Segundo este grupo de países, o aumento das tarifas em todos os setores deve ser feito garantindo ao mesmo tempo o trânsito de produtos agrícolas para os países em desenvolvimento e com vista a que a UE diversifique as suas importações de bens e matérias-primas.

 

"Para minimizar os efeitos na economia europeia, as tarifas identificadas poderiam ser introduzidas com períodos de transição para setores específicos e em paralelo com medidas para facilitar a transição das indústrias europeias", destacaram.

 

"Estas tarifas cumprem integralmente as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC)", acrescentaram.

 

Os países insistiram que a medida estaria em linha com a garantia de apoio a longo prazo à Ucrânia, uma vez que a UE reduziu consideravelmente o seu comércio com a Rússia, mas continua a importar bens e produtos no valor de 42 mil milhões de euros, de acordo com dados de 2023, ou seja, metade do apoio da UE à Ucrânia no contexto da guerra, recordaram os países na carta.

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