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EDP não vê razões para alterar acordo com China Three Gorges

A EDP e a China Three Gorges deverão ter projectos conjuntos de até 1,7-1,8 mil milhões de euros até ao final do ano, de um acordo que prevê investimentos partilhados de dois mil milhões de euros.

Bruno Simão
21 de Abril de 2015 às 22:28
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A EDP e a China Three Gorges não vão alterar o acordo que prevê investimentos conjuntos de cerca de dois mil milhões de euros, decorrentes do acordo feito aquando da privatização.

 

António Mexia, presidente da EDP, reeleito na assembleia-geral desta terça-feira, 21 de Abril, para um mandato de mais três anos, garantiu que "tudo aquilo que são os objectivos, em particular de fazermos melhor e crescermos juntos mais do que separados, mantém-se. Não há razão para alterar o objectivo negociado", garantiu no final da reunião de accionistas que decorreu no edifício que será a nova sede da empresa.

 

"A intenção é, até ao final do ano, dar visibilidade a transacções que permitam atingir 1,7- 1,8 mil milhões de euros, dos tais dois mil milhões", disse reafirmando que será dada visibilidade aos projectos conjuntos de maneira a atingir os objectivos confirmados no acordo de Maio de 2014.

 

Mexia não esconde, porém, que o acordo que previa a existência de investimentos conjuntos de dois mil milhões foi feito num determinado momento em que o mercado de dívida estava fechado e numa altura em que o investimento em Portugal parecia "muito desafiante". Hoje, acrescentou, "estamos num enquadramento muito mais fácil". 

 

A China Three Gorges é a principal accionista da EDP, tendo sido eleita para presidir ao Conselho Geral e de Supervisão, mantendo Eduardo Catroga como seu representante. Eduardo Catroga passa a ser presidente em representação da principal accionista, depois de ter ocupado o cargo como independente. "Tinha consciência que não podia ser reeleito na condição de independente". Aceitou o cargo até em nome da estabilidade dos órgãos sociais. "Sou estruturalmente independente", afirmou Eduardo Catroga, acrescentando que "na minha cabeça nada muda", porque "sempre me guiei pelo princípio de defender os interesses globais das empresas que servi". E elogiou a forma como tem trabalho com António Mexia. 

 

Eduardo Catroga acrescentou ainda que na reunião do Conselho Geral e de Supervisão que irá decorrer esta quarta-feira serão sugeridos quatro comités. Os dois estatutários: de auditoria e de vencimento. Um de estrategia e de performance e outro do Governo societário e sustentabilidade, em que a maioria dos membros será independente. Este comité, disse Eduardo Catroga, "tem um papel crucial em tudo o que que são os negócios com partes relacionadas". 

 

O Conselho Geral e de Supervisão eleito esta terça-feira, 21 de Abril, tem 11 elementos independentes e 10 relacionados com accionistas. 

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