Os lucros da EDP deverão ter recuado no primeiro trimestre deste ano, estima o CaixaBI. A casa de investimento prevê assim que o resultado líquido do banco tenha recuado 6%, de 277 milhões de euros para 296 milhões.

Já a recomendação manteve-se em "neutral", com o preço-alvo inalterado nos 3,57 euros, com um potencial de desvalorização de 0,27%, na análise divulgada esta segunda-feira, 4 de Maio.

A casa de investimento espera assim uma queda de 4% do EBITDA para 990 milhões de euros. Desta forma, a queda do lucro reflecte o EBITDA mais baixo e os custos financeiros mais elevados, embora tenha sido "parcialmente compensado pela redução nos impostos". O aumento dos custos financeiros deve-se em grande parte ao impacto negativo dos efeitos cambiais.

Os analistas destacam a queda de 15% nos contratos de aquisição de energia (CAE), assim como nos custos de manutenção do equilíbrio orçamental (CMEC) e na tarifa bonificada de venda (feed in tariff) em Portugal e Espanha devido ao efeito negativo dos "baixos recursos hídricos durante este período".

Já as actividades liberalizadas também deverão registar uma "queda significativa" após um forte trimestre homólogo e um aumento no preço médio de aquisição de energia".

Numa nota positiva, o CaixaBI espera que o "negócio das renováveis aumente o EBITDA em cerca de 10%, enquanto as redes reguladas deverão beneficiar do ganho de capital alcançado com a venda de activos de gás em Espanha".

Já no Brasil, a operação deverá "permanecer praticamente inalterada: apesar do aumento na distribuição das tarifas de distribuição, a unidade de geração deverá continuar a ter uma fraca performance".

A EDP fechou a sessão desta segunda-feira a ganhar 1,18% para 3,614 euros.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.