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EDP aguarda detalhes sobre contribuição extraordinária sobre o sector
A EDP não quer comentar a intenção do actual executivo de manter a contribuição extraordinária sobre o sector da energia até 2018. Só mediante medidas em concreto a EDP se pronunciará.
A EDP continua a contestar a aplicação discriminatória da contribuição extraordinária sobre o sector da energia. Volta a lembrar que era uma contribuição extraordinária e, como tal, temporária. A descida da taxa anunciada pelo Governo, constante no Programa de Estabilidade que vai até 2018, vai no bom caminho, mas António Mexia escusa-se a comentar apresentações de princípio.
"Sempre considerámos que medidas excepcionais e temporárias deviam ser isso mesmo, extraordinárias e temporárias, feitas dentro de um enquadramento muito particular e extraordinário", o que significa que são medidas de curto prazo, mas que também, indicou António Mexia, se revestiram de natureza discriminatória porque se aplicavam a um sector e não a todos.
E como tal "não devia existir".
Mas o presidente da eléctrica nacional escusou-se a comentar o que está inscrito no Programa de Estabilidade apresentado na última quinta-feira, 16 de Abril, pelo Governo para os próximo quatro anos por ser "uma apresentação de princípio" que, não obstante, por prever a sua redução e o seu término em 2018, vai no bom caminho.
Ainda assim, "estávamos à espera de qualquer coisa mais rápida", mas qualquer posição por parte da EDP só será tomada "perante qqualquer coisa de concreto e no momento apresentação do Orçamento do Estado". Assim Mexia escusa-se a dizer se irá contestar a aplicação da taxa se ela permanecer além de 2015, uma vez que "sem conhecer os detalhes não é o momento. É preciso conhecer os detalhes, para no seu 'timing' e locais serem discutidos".
António Mexia falava depois da assembleia-geral que reuniu os accionistas da EDP esta terça-feira, 21 de Abril, em Lisboa, que lhe concederam mais um mandato de três anos à frente da eléctrica.