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EDP Renováveis arranca ano a produzir menos electricidade

Os mercados onde está a empresa do Grupo EDP, tanto os Estados Unidos como Portugal e Espanha, sentiram menos vento e isso reflectiu-se nas operações dos primeiros três meses do ano.

O Haitong avalia as acções da EDP Renováveis em 8,00 euros, o que implica um potencial de valorização 35%. A recomendação é de comprar.

O banco de investimento assinala que a EDP Renováveis apresenta uma avaliação “muito atractiva”, estando a negociar em bolsa tendo em conta um cenário “muito pessimista”, com um crescimento nulo na capacidade instalada e um aumento de 50 pontos base no custo médio do capital. Trata-se de uma avaliação “injustificada, pois acreditamos que a acção deve começar a apresentar uma melhor prestação assim que as notícias nos Estados Unidos confirmarem que não era tão más como o esperado”.

O Haitong considera que o mercado reagiu de forma exageradamente negativa aos riscos regulatórios nos Estados Unidos devido à vitória de Donald Trump nas eleições. “Dado que a regulação nos Estados Unidos advém de três fontes (Presidente, Congresso e Estados) e pelo menos duas não mudaram, acreditamos que o risco regulatório é mais baixo do que está a ser apreendido pelo mercado”, acrescenta.
Miguel Baltazar/Negócios
21 de Abril de 2015 às 19:52
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Ventos menos favoráveis sopraram sobre a EDP Renováveis nos primeiros três meses do ano. Depois de, em 2014, ter registado o mais fraco crescimento em seis anos, a empresa de energias eólicas arrancou o primeiro trimestre de 2015 a produzir menos electricidade do que no mesmo período do ano passado.

 

"No primeiro trimestre de 2015, a EDP Renováveis produziu 5,8  terawatt hora (TWh) de energia limpa, vs os 6,1 terawatt hora (TWh) no primeiro trimestre de 2014", indica a empresa nos resultados operacionais divulgados esta terça-feira, 21 de Abril, em comunicado através do site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). É uma perda de 5%.

 

O recuo verificou-se em praticamente todos os mercados onde a empresa está presente. Espanha e Portugal registaram as maiores quebras na electricidade produzida mas também o Brasil e os Estados Unidos (o principal mercado) tiveram os parques eólicos a gerar menos electricidade. Canadá e os mercados europeus, para além de Espanha e Portugal, foram a excepção. 

 

"O efeito positivo das adições de capacidade ao longo dos últimos 12 meses foi mitigado por um menor factor de utilização [dos parques eólicos] no período, dado o recurso eólico acima da média no primeiro trimestre de 2014", justifica a empresa presidida por João Manso Neto.

 

A capacidade instalada da EDP Renováveis aumentou nos vários mercados entre Janeiro e Dezembro mas, nesse período, os parques que já estão no activo foram menos utilizados. O factor de utilização (load factor) fixou-se em 34% no final de Março de 2015, quatro pontos percentuais abaixo do registado no primeiro trimestre de 2014.

 

Com uma capacidade instalada de 9.036 megawatts, mais 456 do que no primeiro trimestre de 2014, a EDP Renováveis tem ainda em construção outros 601 megawatts, grande parte concentrado nos Estados Unidos.

 

Estes são dados operacionais que servem de barómetro para os resultados finais do primeiro trimestre a serem publicados a 6 de Maio, antes da abertura dos mercados.

 

As acções da EDP Renováveis, empresa que tem mais de dois terços do seu capital concentrados na EDP, fecharam esta terça-feira a subir 0,56% para negociarem nos 6,27 euros.  

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