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CaixaBI eleva recomendação da Galp para "comprar" e reduz preço-alvo

A casa de investimento identifica a queda do preço do petróleo e os escândalos de corrupção e fraude na Petrobras como os maiores riscos para a petrolífera portuguesa.

1039 – Galp Energia – A petrolífera liderada por Carlos Gomes da Silva surge na posição 1.039 da lista, sendo a segunda maior cotada portuguesa. Perdeu 195 posições face ao “ranking” de 2014.
Bloomberg
07 de Abril de 2015 às 19:56
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O CaixaBI mudou a recomendação e o preço-alvo para a Galp. A recomendação passou de "acumular" para "comprar", anunciou a casa de investimento numa nota de análise divulgada esta terça-feira, 7 de Abril.

 

Já o preço-alvo para este ano foi reduzido de 15,30 euros para 12,20 euros com um potencial de valorização de 11,77% face à cotação de fecho desta terça-feira, 10,915 euros.


"Continuamos a ver a Galp Energia como uma das mais interessantes oportunidades de crescimento na indústria, apoiada por um portefólio de classe mundial no Brasil", escrevem os analistas na nota.

 

A casa de investimento diz que a sua análise é uma "consequência directa" da actualização estratégica feita pela Galp a 10 de Março. Foi então que a petrolífera anunciou um investimento médio anual de 1,2-1,4 mil milhões de euros entre 2015-2019, face aos 1,3-1,5 mil milhões de euros previstos anteriormente.

 

As estimativas mais conservadoras do CaixaBI para a Galp "reflectem um novo mundo de preços baixos de petróleo", mas também antecipam o que "pode vir a correr mal face ao plano inicial, após os escândalos de corrupção e fraude que estão a afectar a Petrobras".

 

Actualmente, a queda do preço do petróleo e os escândalos de corrupção e fraude na Petrobras são os maiores riscos para a Galp. O preço do barril de Brent já caiu quase 50% nos últimos 12 meses, com a produção nos Estados Unidos em máximos de trinta anos.

 

Em relação à petrolífera estatal brasileira, as possíveis implicações para a Galp só se materializariam no atraso de projectos no Brasil ou, na pior das hipóteses, no seu cancelamento.

 

Desta forma, o crescimento da Galp até 2020 está "basicamente dependente da Lula/Cernambi, uma das maiores e mais prolíficas áreas do pré-sal brasileiro".

 

Esta área na bacia de Santos - ao largo dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro - é "de facto, o projecto bandeira do pré-sal, um testemunho da competência da Petrobras na exploração e desenvolvimento deste petróleo, mas também um primeiro passo indispensável (...) que vai aumentar o perfil do Brasil no mundo tanto economicamente como politicamente".

 

Por estas razões, o CaixaBI considera que o seu desenvolvimento vai continuar conforme planeado. "É um projecto que é importante para a Petrobras e o Brasil vai sempre, na nossa opinião, ter a prioridade da gestão da Petrobras".

 

A Galp fechou a sessão desta terça-feira a subir 8,12% para 10,915 euros na bolsa de Lisboa, a maior subida em mais de três anos. Já a Petrobras está a subir 1,78% para 10,88 reais em São Paulo. A petrolífera portuguesa já valorizou 29,46% este ano, enquanto a brasileira ganhou 8,48%.

  

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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