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António Mexia: EDP tem no Brasil “uma posição estrutural”

António Mexia acredita no Brasil, garantindo que a EDP está nesse país "com uma posição estrutural". Para o presidente da eléctrica, este sector no Brasil está "muito bem desenhado".

António Mexia é o 32.º Mais Poderoso 2015
O colapso do GES e do BES, depois de saírem do capital da EDP, reduziu o poder de rede da empresa que lidera. Com o novo accionista e com a queda dos gestores-estrela foi limitando cada vez mais as suas aparições no espaço mediático, um  universo onde actuava como peixe na água. As primeiras batalhas que ganhou contra as ditas rendas tem vindo a perder com a contribuição especial. E a EDP está a revelar dificuldades em aumentar resultados e em reduzir a dívida. É o mais antigo dos presidentes do PSI-20, um símbolo do seu resistente poder. E está garantido até 2018.
22 de Setembro de 2015 às 15:38
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O Brasil é para a EDP "uma determinação de longo prazo" e o país "tem todas as condições do ponto de vista de recursos, do ponto de vista de dinâmica de crescimento para correr bem", defendeu António Mexia.


Questionado esta terça-feira, 21 de Setembro, à margem da conferência International Summit of Business Think Tanks sobre o impacto da desaceleração da economia brasileira na EDP, o CEO da energética portuguesa foi claro ao afirmar que a empresa está no país para ficar. Salientou que o sector no Brasil é "muito bem concebido" e que o problema se prende sobretudo com a evolução da moeda brasileira.

 

"Estamos há 20 anos no Brasil. As companhias europeias muitas vezes tendem a ir para o Brasil comprar caro e vender barato, e portanto entrar e sair nos momentos errados. Nós estamos lá com uma posição estrutural", disse o responsável, acrescentando que o país liderado por Dilma Rousseff reúne "todas as condições do ponto de vista de recursos e do ponto de vista de dinâmica de crescimento para correr bem". "Nós temos uma determinação sobre o mercado brasileiro, que é uma determinação de longo prazo", reforçou.

 

António Mexia assumiu porém que o país "tem neste momento, obviamente, confrontos do ponto de vista político e de percepção institucional", mas sustenta que estes serão "inevitavelmente resolvidos".

 

Para o responsável, "o sector no Brasil é muito bem concebido, muito bem desenhado", sendo que o "grande impacto neste momento, mais do que os resultados reais, [prende-se com] o problema da evolução do real".

 

No início de Setembro deste ano a Standard & Poor’s reduziu a classificação soberana do Brasil para o primeiro nível da categoria especulativa, ou seja, para "lixo" e com "outlook" negativo, o que significa que a agência de notação financeira poderá fazer mais cortes.

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