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TAP pode dispensar até 300 trabalhadores este ano

A administração da TAP Air Portugal rejeita programa social, mas admite reduções de pessoal, que poderá levar a dispensa de até 300 trabalhadores em 2003. O administrador delegado Fernando Pinto assegura a sua permanência «se tiver apoio do Governo».

05 de Março de 2003 às 18:10
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A administração da TAP Air Portugal rejeita programa social, mas admite reduções de pessoal, que poderá levar a dispensa de até 300 trabalhadores em 2003. O administrador delegado Fernando Pinto assegura a sua permanência «se tiver apoio do Governo».

A companhia aérea portuguesa TAP vai manter a sua política de «reduções contínuas» de pessoal, quer através de reformas antecipadas quer através de acordos individuais em que «haja interesse» por parte dos trabalhadores, e disponibilidade por parte da empresa, nas suas saídas.

De acordo com Michael Conolly, vice-presidente da TAP com o pelouro financeiro, «não há um programa (social) planeado», mas a «continuação de políticas» através das quais será possível «reduzir 200 a 300» postos de trabalho durante o ano de 2003. O corte máximo representa a supressão de cerca de 3,6% da força de trabalho da companhia aérea que deverá ser privatizada este ano.

A TAP finalizou o ano de 2002 com um total de 8.300 trabalhadores, «com um ligeiro aumento que foi necessário» face a 2001, de acordo com a mesma fonte. Todavia, Michael Conolly garantiu hoje, durante a conferência de imprensa para apresentação de resultados da TAP, que no exercício passado os «custos de pessoal baixaram um pouco», não quantificando os mesmos.

No final de 2002 os proveitos operacionais da TAP ascenderam a 1,24 mil milhões de euros, mais 2,4% que em 2001, enquanto os custos não ultrapassaram os 1,19 mil milhões de euros, mantendo-se ao mesmo nível de 2001.

Fernando Pinto recusa pressões

Em resposta a uma pergunta sobre a sua permanência na TAP, o administrador-delegado Fernando Pinto assegurou hoje: «pretendo ficar se tiver o apoio do Governo».

Recusando avançar mais sobre esta matéria, o administrador rejeitou contudo que esteja a sentir «pressões» externas que visam a sua saída e afirmou que espera continuar a realizar o seu trabalho em conjunto com a restante administração.

Fernando Pinto assumiu recentemente, juntamente com três outros administradores que com ele vieram da Varig para a a TAP em Outubro de 2000, que até Fevereiro de 2001 recebeu um «suplemento», do SAirGroup, ao seu ordenado ordinário como quadro da TAP, com a qual os suíços negociavam uma tomada de capital.

De acordo com notícias recentes, o administrador-delegado viu o mesmo «suplemento» mantido pelo Governo socialista, mas o mesmo não se terá passado com o actual executivo, que estuda presentemente o honorários passados e o seu pagamento no futuro.

A TAP viu os prejuízos de 2002 descerem 84% para 6 milhões de euros, acima do orçamentado e prevê lucros de 12 milhões de euros em 2003.

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