A TAP confirmou que a companhia suíça SAir Group pagou parte das remunerações auferidas por quatro administradores da companhia aérea nacional durante quatro meses, por forma a que estes pudessem iniciar a sua actividade na TAP o mais rapidamente possível.

Num comunicado assinado pelos quatro administradores em causa, que foram contratados à companhia brasileira Varig, a TAP afirma que estes «foram convidados a assumir funções de direcção na empresa (TAP) pelo Estado português e pelo SAir Group».

«Face à degradação acelerada da situação económico financeira da TAP, as partes contratantes solicitaram aos signatários (administradores) que assumissem funções o mais rapidamente possível, o que se verificou em 26 de Outubro de 2000, enquanto se aguardava a aprovação do acordo pela Comissão Europeia», explica a mesma fonte, acrescentando que «foi acordado que a empresa suíça suportasse parte das remunerações auferidas pelos signatários, o que, de facto, ocorreu nos primeiros quatro meses de actividade».

No entanto o SAir Group, que tinha prevista uma tomada de 34% no capital da TAL, desistiu do negócio, «tendo pago aos signatários um montante correspondente a salários em atraso e a indemnizações devidas por quebra de contrato», afirma a TAP.

A notícia de que a SAir Group tinha pago salários da TAP foi avançada pela imprensa da suíça no fim de semana, citando um relatório dos auditores da empresa suíça.

O comunicado é assinado pelo administrador delegado da TAP, Fernando Pinto, e pelos administradores Manoel Torres, Michael Conolly e Luiz Môr.

Segundo «O Independente» de hoje, estes quatro administradores receberam mais de 3 milhões de euros da companhia suíça, tendo Fernando Pinto auferido mais de metade desde montante.

O comunicado acrescenta que depois da desistência da SAir Group na TAP, «as retribuições dos signatários passaram a ser integralmente assumidas pela TAP e respectivo accionista (Estado).