A Suzano, parceira da Sonae para a Portucel, vai avançar com uma oferta pública de aquisição (OPA) amistosa sobre a Bahia Sul Celulose, num negócio que será efectuado através da troca de acções, anunciou a empresa.

A intenção de avançar para o lançamento de uma oferta de aquisição surgiu na sequência de um estudo desenvolvido em conjunto pelas duas companhias sobre a «conveniência e oportunidade» da operação.

«Será proposto aos accionistas da Bahia Sul Celulose o cancelamento do seu registo de companhia aberta, com a apresentação por parte da Suzano de uma OPA sobre as acções preferenciais» da primeira, de acordo com a mesma fonte.

A Suzano adiantou que o pagamento será feito «exclusivamente em novas acções preferenciais» que serão emitidas para financiar a operação e acrescentou que a mesma irá permitir a «maximização da captação de sinergias».

A empresa vai oferecer 646,43 reais (319,84 euros) por cada lote de mil acções preferenciais da Bahia Sul Celulose. Os accionistas deste última que aceitarem a oferta terão direito a um crédito disponível apenas para acorrerem ao referido aumento de capital da Suzano.

Aquele crédito dará direito à subscrição das novas acções preferenciais da Suzano pelo valor unitário de 12,96 reais (6,41 euros).

A operação terá de ser ainda ratificada em assembleia geral (AG) de accionistas da Suzano. Até novas indicações, as acções da Bahia Sul Celulose irão ficar suspensas de negociação.

A Suzano controla 49,9% da Sonae Wood Products, que detém uma participação de 28% na Portucel [PTCL]. A parceria firmada entre a Sonae [SON] e a Suzano visa concorrer à próxima fase de privatização da Portucel, que está prevista para este ano, em que o Estado vai alienar 25% da empresa nacional de pasta e papel.

As acções da Suzano encerraram ontem a ganhar 0,14% para os 6,91 reais (3,30 euros).