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Compras de Natal? Uma em cada cinco deve ser via Shein ou Temu

Estudo mundial da Salesforce indica que o retalho se depara com uma época alta mais competitiva num contexto em que quatro em cada dez consumidores estão mais endividados do que em 2023. Previsões de vendas sinalizam que taxas de crescimento mais modestas vieram para ficar, com tecnológica a prever crescimento na ordem dos 2%.

Suzanne Plunkett/Reuters
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Uma em cada cinco compras durante a época de Natal deverá ser feita em aplicações chinesas, como a Temu, a Shein ou a AliExpress, revela um estudo levado a cabo pela Salesforce, com base em dados agregados a partir da atividade de mais de 1,5 mil milhões de consumidores a nível global em mais de 64 países, incluindo Portugal.

Uma previsão que "espelha o crescimento" que têm tido, já que mais de um terço dos consumidores afirma ter comprado mais numa destas "app" chinesas nos últimos três meses comparativamente a igual período do ano passado, indica a tecnológica, num comunicado, enviado esta terça-feira, às redações.

Segundo o "Salesforce 2024 Holiday Forecast", além da "maior competitividade" que as aplicações chinesas adicionam a esta época, que concentra a fatia de leão das vendas, o comércio depara-se com outros reptos, designadamente decorrentes da conjuntura económica: "A temporada de compras do fim do ano de 2024 traz desafios concretos para o retalho, setor no qual as empresas competem por atrair consumidores com menor poder de compra e entre os quais 43% se encontra com mais dívidas do que em 2023. A batalha é difícil e as estratégias estão viradas para maiores descontos, assim como para a utilização de dados e de inteligência artificial".

Além disso, à luz dos dados do Shopping Index, a Salesforce indica que "os consumidores estão particularmente preocupados com os preços dos produtos", com "dois terços dos inquiridos a nível global a relatar que será mesmo o preço a ditar as escolhas de marcas e lojas onde irão comprar em 2024 - acima dos 46% dos inquiridos em 2020 -, com menos de um terço a dar prioridade à qualidade dos produtos".

E, neste contexto, as previsões apontam que "taxas de crescimento das vendas mais modestas vêm para ficar", considerando que 40% dos consumidores planeia comprar menos do que no ano passado e que 47% pretende gastar o mesmo valor durante a época de Natal, que têm tradicionalmente o tiro de partida na Black Friday que, este ano, calha a 29 de novembro.

"As vendas deverão crescer menos do que em 2023, ano em que foi registado um crescimento de 3% face ao ano anterior para 1,17 biliões de dólares", diz a Salesforce, antecipando um crescimento de 2% em novembro e dezembro nas vendas de marcas de retalho, face a igual período do ano passado, atingindo os 1,19 biliões de dólares.

De acordo com a Salesforce, dois terços dos consumidores afirma estar a aguardar por momentos de descontos como a Cyber Week, para encontrar as melhores promoções e, neste capítulo, a tecnológica antecipa que, a nível global, as taxas de desconto subam ligeiramente em outubro atingindo um "pico" de 28% precisamente durante essa semana, ou seja, a seguinte à da Black Friday, que se inicia a 2 de dezembro.

Os "insights" da Salesforce têm por base o Commerce Cloud, Marketing Cloud e Service Cloud, resultando de dados agregados a partir da atividade de mais de 1,5 mil milhões de consumidores a nível global em mais de 64 países, incluindo Portugal, com foco em 12 mercados principais: EUA, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália, Espanha, Japão, Países Baixos, Austrália/Nova Zelândia, região Ásia-Pacífico (excluindo Japão, Austrália e Nova Zelândia) e países nórdicos.

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