Notícia
PS defende aumento de capital da TAP em bolsa
Os socialistas estão contra a venda de uma participação maioritária da companhia aérea e defendem a capitalização da TAP no mercado de capitais.
O Partido Socialista defende que o Estado deve manter, no mínimo, 50,1 % do capital da TAP e "em caso algum deve perder posição de controlo".
No pedido de apreciação parlamentar do decreto-lei do Governo que aprova o processo de reprivatização indirecta do capital da companhia aérea, que será debatido no Parlamento esta quarta-feira, os socialistas consideram que "a solução para a capitalização da empresa, para fazer face aos desafios do crescimento, não é uma operação de privatização mas sim uma operação de aumento de capital."
Em seu entender, essa operação, de acordo com a legislação europeia, "não é uma ajuda de Estado se for concretizada através de uma operação que respeite o princípio do investidor numa economia de mercado, como é o caso de um aumento de capital em bolsa".
Para os socialistas, relativamente à companhia aérea nacional, "devem ser esgotadas as possibilidades de diálogo social e político por forma a encontrar a solução mais abrangente e consensual e que em resultado do diálogo se adoptem soluções previamente estudadas, universais e não discriminatórias".
Em Dezembro do ano passado, após um encontro com o primeiro-ministro, António Costa também sugeriu dispersão do capital da TAP em bolsa. "O PS tem consciência de que a TAP necessita de reforçar o seu capital" mas, perante as restrições europeias à injecção de dinheiros públicos, "julgo que seria possível um aumento de capital da empresa através da bolsa sem que o Estado perdesse o controlo de uma empresa estratégica para o país", afirmou, na altura, o secretário-geral do PS.