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Costa não quer crispação com Passos. Sugere dispersar TAP na Bolsa

António Costa encontrou-se pela primeira vez com Passos Coelho na qualidade de secretário-geral do PS. No final do encontro, defendeu a necessidade de diálogo mas não se comprometeu com acordos concretos, e disse acreditar numa solução para a TAP que não passe pela privatização.

Bruno Simão/Negócios
Negócios 11 de Dezembro de 2014 às 18:41
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António Costa, secretário-geral do PS, admite que a transportadora precisa de capital, mas acredita que é possível ir buscá-lo à bolsa sem que o Estado perca o controlo da empresa. "O PS tem consciência de que a TAP necessita de reforçar o seu capital" mas, perante as restrições europeias à injecção de dinheiros públicos, "julgo que seria possível um aumento de capital da empresa através da bolsa sem que o Estado perdesse o controlo de uma empresa estratégica para o país", afirmou António Costa aos jornalistas no final do primeiro encontro em São Bento com o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho na qualidade de secretário-geral do PS.

 

Criticando a "grande crispação" e "incomunicabilidade" entre os agentes políticos, Costa defendeu a necessidade de diálogo e de entendimentos políticos para que o país "tenha um projecto estratégico comum", mas situou a procura desse objectivo após as próximas eleições legislativas, salientando: "Os portugueses saberão julgar qual o melhor caminho e é sobre julgamento dos portugueses que se tem de construir uma estratégia comum".

 

"Como diz o povo há vários caminhos para chegar a Roma e é natural que as diferentes forças políticas proponham diferentes caminhos para alcançar cada um dos objectivos, mas era desejável que o país pudesse ter objectivos comuns - e essa é uma diferença que neste momento existe e que é um fosso entre a alternativa proposta pelo PS e aquilo que tem sido a política deste Governo", disse.

 

"As convergências ou as divergências fundam-se não em função dos nomes dos dirigentes, não em função da personalidade dos nossos interlocutores, mas em função daquilo que se propõe. São as políticas que devem marcar as diferenças, que são um dado normal em democracia", afirmou.

 

No entanto, o líder socialista defendeu em seguida que o país "deve voltar a ter um sentido comum, um projecto que seja partilhado colectivamente, tal como teve muitos anos". "É preciso um grande entendimento estratégico", acrescentou.

 

António Costa falava aos jornalistas após um encontro com Passos Coelho que caracterizou como "cordial" e que durou cerca de uma hora e 45 minutos. A acompanhá-lo esteve o líder parlamentar do PS, Ferro Rodrigues, e a dirigente socialista Maria da Luz Rosinha.

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