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Pedro Nuno Santos nega ingerência na TAP, mas há "exceção à regra"

O antigo ministro assegura que só por uma vez tentou condicionar a ex-CEO da TAP, quando esteve em causa a questão da frota automóvel. Não quis interferir na gestão da empresa, até porque nada sabe de aviação, reconheceu.

Pedro Nuno Santos ouvido na comissão de inquérito à TAP Vitor Mota / Cofina Media
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Pedro Nuno Santos garante que não exerceu qualquer tipo de pressão sobre a ex-CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener. Ouvido na comissão de inquérito à gestão da companhia aérea, o antigo ministro das Infraestruturas indicou, no entanto, uma "exceção à regra", relativa à frota automóvel.

Referindo-se ao email enviado pelo ex-secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes, à ex-CEO da TAP a sugerir que fosse alterado um voo do Presidente da República, o ex-ministro garante que não teve qualquer envolvimento: "Não tem a minha participação nem o meu conhecimento, nem anterior nem posterior", garantiu aos deputados. "Lamento que tenha existido da mesma maneira que, aliás, o senhor secretário de Estado lamentou ontem".

"Esse e-mail diz não diz nada sobre a minha interferência na gestão da empresa nem a participação do meu secretário de Estado na corrente de emails onde se preparava a resposta ao pedido de esclarecimento", acrescenta. "Também não foi pedido por mim essa participação ou presença nessa corrente de emails".

No entanto, Pedro Nuno Santos reconhece que tem um exemplo de interferência, porque "há exceções que confirmam a regra". O ex-ministro referia-se à polémica sobre a frota automóvel. "O que foi pedido à TAP foi para pensarem numa alternativa. Provavelmente errado. Mas essa é uma exceção que confirma uma regra, que é: não há interferência na gestão da empresa".

"Não há interferência na gestão da empresa porque para mim era claro que as coisas tinham de correr bem e eu não percebo do negócio da aviação", assumiu o ex-ministro. "Sabia que no dia em que começasse a dar instruções ou interferir na gestão da empresa as coisas iam correr mal e quem perdia era a TAP, o Governo e perdia eu", reconheceu.

"Governa quem sabe, isto para mim era fundamental", disse o ministro, insistindo que "não exercia nenhuma pressão política sobre a engenheira Christine".
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