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Pedro Nuno Santos faz “avaliação muito positiva” de Frederico Pinheiro
Tal como Hugo Mendes, o antigo ministro das Infraestruturas deixou elogios rasgados ao trabalho de Frederico Pinheiro. Admitiu que lhe ligou para saber o que tinha acontecido na noite de 26 de abril, mas não se lembra quem lhe contou o que tinha acontecido nessa noite nas Infraestruturas. E garantiu que "no seu tempo" o plano de reestruturação da TAP não estava só num computador.
"Inteligente, trabalhador e daquilo que foi o seu contacto comigo e com outros, respeitador". Foi assim que Pedro Nuno Santos descreveu Frederico Pinheiro, recentemente demitido por João Galamba mas que começou a trabalhar no Ministério das Infraestruturas quando Pedro Nuno Santos era ministro.
"Trabalhou comigo cerca de seis anos e até ao fim. Se não estivesse satisfeito com o seu trabalho, não teria trabalhado com o doutor Frederico Pinheiro tantos anos", acrescentou em resposta ao deputado da Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco. "A avaliação que faço do seu trabalho é muito positiva", reforçou.
Já na quarta-feira o seu antigo braço direito nas Infraestruturas, Hugo Mendes, tinha deixado elogios rasgados a Frederico Pinheiro que esteve envolvido no polémico episódio rocambolesco na noite de 26 de abril, dia em foi exonerado por Galamba e acusado de agressões a duas assessoras do ministério e de roubo do computador de trabalho, levando à intervenção do SIS. Quando foi ouvido na CPI, o ex-adjunto de Galamba refutou estas acusações.
Mais tarde, questionado pelo deputado do PSD, Paulo Moniz, confirmou que tinha ligado a Frederico Pinheiro quando rebentou a polémica da noite de 26 de abril nas Infraestruturas. "Já tarde, nesse dia, falei com ele, liguei-lhe a perguntar o que tinha acontecido".
Questionado como tinha tido conhecimento dos episódios no ministério, uma vez que só foram noticiados depois e não no próprio dia, detalhou que Frederico Pinheiro lhe tinha ligado após ter sido despedido por Galamba por telefone. Mas não se recorda de quem o avisou da confusão vivida no ministério das Finanças nessa noite que gerou acusações de agressão, sequestro e roubo.
Instado a comentar se as fotocópias que Frederico Pinheiro tirava à noite, uma situação que João Galamba considerou estranha, tinham sido para si, respondeu que não sabia "para quem eram essas fotocópias", só sabe o que ouvi nas audições da CPI.
Sobre as considerações da chefe de gabinete de Galamba, Eugénia Correia, do ministério não ter uma metodologia de organização dos documentos, remeteu para as explicações que a sua antiga chefe de gabinete deu no Parlamento. "Sobre o plano de reestruturação estar num só computador, não foi no meu tempo", assegurou.
Na sua audição, Eugénia Correia disse que apenas Frederico Pinheiro tinha acesso ao plano de reestruturação.
Pedro Nuno Santos demitiu-se no final de dezembro após a polémica em torno da indemnização de 500 mil euros a Alexandra Reis ter rebentado. Foi substituído por João Galamba a 4 de janeiro deste ano.
(Notícia atualizada às 23h11)