A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, vai pedir mais informação, à margem da reunião que tem marcada com os operadores portuários para a próxima segunda-feira, 28 de Dezembro, sobre o negócio de venda da Tertir, por parte da Mota-Engil, ao grupo turco Yildirim.

O deputado comunista Bruno Dias questionou a ministra do Mar sobre o negócio anunciado em Setembro, que envolve um grupo que, segundo disse, depois de entrar no porto de Oslo despediu todos os trabalhadores. 

Ana Paula Vitorino afirmou que "não havia nenhuma sinalização destas negociações na pasta de transição do Governo anterior para este Governo, nem sobre eventuais impactos que pudessem surgir com esta mudança de accionista".

A ministra explicou que, neste caso, "se o accionista da Liscont tivesse deixado de ser a Tertir tinha obrigação de comunicar ao concedente". No entanto, "o que aconteceu foi que parte do capital da Tertir, a parte que era da Mota-Engil, é que aparentemente foi vendida a este grupo".

"Aparentemente este processo não está concluído, porque falta parecer da Autoridade da Concorrência", sublinhou ainda a responsável, garantindo que não deixará de colocar essa questão na próxima segunda-feira e de pedir "mais informação sobre esta matéria".

Em Setembro, a Mota-Engil anunciou em comunicado a venda ao grupo turco Yildirim das concessões portuárias em Portugal, Espanha e Peru, bem como a empresa de serviços de suporte de logística Transitex, num negócio de 275 milhões de euros.