A presidente da Administração do Porto de Lisboa (APL), Marina Ferreira, adiantou esta terça-feira no Parlamento que "não há dias de greve efectivos", desde que o Sindicato dos Estivadores voltou a apresentar pré-avisos de greve no passado dia 14 de Novembro.

A responsável explicou que a APL, desde o início deste conflito, foi informada pelo sindicato sempre que emitia um pré-aviso de greve e, fruto da sua qualidade de concedente, acompanhou diariamente o movimento de navios no porto de Lisboa, solicitando sempre informação sobre cargas e descargas que foram feitas.

"Não há efectivamente dias de greve efectivos. Há é pré-avisos de greve consecutivos", afirmou Marina Ferreira na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde acompanhou a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino. 

Após a caducidade do contrato colectivo de trabalho, o Sindicato dos Estivadores anunciou a partir de 14 de Novembro pré-avisos de greve sucessivos, que prevêem a paragem total das operações caso as entidades empregadoras contratem trabalhadores estranhos à profissão para fazer o trabalho dos estivadores.

Como assinalou a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, armadores como a Maersk ou Hapag-Lloyd, que estão a desviar rotas para outros portos nacionais, "indicam como razão a questão da instabilidade laboral".