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Leixões reduz encaixe da Mota-Engil com a venda da Tertir

A Mota-Engil concluiu a alienação dos seus negócios portuário e de logística aos turcos da Yildirim, por 245 milhões de euros, menos 30 milhões do que o previsto.

O Haitong avalia as acções da Mota-Engil em 2,00 euros, o que implica um potencial de valorização 40%. A recomendação é de neutral.

O banco de investimento assinala que a Mota-Engil expandiu a sua actividade para África e América Latina, que são agora os seus mercados mais importantes. No final do primeiro semestre a construtora tinha uma carteira de encomendas de 4,6 mil milhões de euros, com a o mercado europeu a ter um peso de apenas 20%. O Haitong estima que a dívida líquida de 1,5 mil milhões de euros desça nos próximos tempos devido à venda da Ascendi. “Contudo, a companhia ainda não conseguiu atingir um crescimento orgânico no seu ‘cash flow’ de forma a mostrar que pode reduzir a alavancagem de uma forma sustentada”, refere o Haitong, assinalando que apesar do potencial de valorização, a recomendação é neutral devido à “necessidade de uma maior clareza sobre as encomendas em África”.
Bruno Simão
19 de Fevereiro de 2016 às 16:43
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A Mota-Engil anunciou esta sexta-feira ter concluído a alienação ao Grupo Yildirim dos seus negócios portuário e de logística, depois de obtida a declaração de não oposição por parte da Autoridade da Concorrência e das autorizações de todas as demais entidades que  tinham de se pronunciar sobre a transacção.

 

Em comunicado, o grupo revela contudo que em vez dos 275 milhões de euros que a venda dos seus negócios portuários, incluindo e Tertir, estava previsto gerar, "o montante final da compra e venda, já recebido, foi de 245 milhões".

 

Isto, explica o grupo, por não ter sido concluído até esta data "o processo de renegociação da Concessão do Terminal de Contentores de Leixões, incluída no perímetro da venda, o qual tinha por objecto a realização de um significativo investimento por parte da concessionária, por contrapartida do reequilíbrio económico-financeiro da concessão em cumprimento da lei e do contrato".

A Mota-Engil anunciou em Setembro de 2015 a venda das suas subsidiárias Mota-Engil Logística e Tertir, um portfólio de activos a ser transaccionado por 275 milhões de euros ("equity value") incluindo as concessões portuárias detidas pelo grupo em Portugal, Espanha e Peru, bem como a empresa de serviços de suporte de logística Transitex.

O valor do negócio acabou por ser afectado pelo facto de não ter sido possível concluir a renegociação do contrato da concessão de Leixões, no âmbito do processo lançado pelo Governo de Passos Coelho relativamente às concessões portuárias,uma das medidas do "plano 5+1".

Além da Tertir, está também à venda até 60% do capital da concessionária Ascendi, outra parceria com o Novo Banco, num processo que está já na fase de short list. 

O Haitong Bank foi o assessor financeiro da Mota-Engil e do Novo Banco neste negócio.
 

(notícia actualizada às 17:27 com mais informação)

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