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Mário Ferreira investe 50 milhões e instala Altran em Gaia com 300 engenheiros

O dono da Douro Azul lidera um investimento de 50 milhões de euros no quarteirão das antigas instalações da Real Companhia Velha, em Gaia, que vai ter um hotel de cinco estrelas, a cadeia Recheio e uma zona de escritórios, onde a multinacional Altran vai empregar 300 engenheiros.

A Douro Azul, que diz não ter salários mínimos na empresa, propõe a redução do IRC como alternativa.
Mário Ferreira lidera um investimento de 50 milhões de euros na reabilitação das antigas instalações da Real Companhia velha, na zona ribeirinha de Gaia.
Rui Neves ruineves@negocios.pt 22 de Junho de 2017 às 13:38

A Altran, que emprega em Portugal mais de mil quadros qualificados, escolheu o centro histórico de Gaia para abrir mais um pólo tecnológico no nosso país. A empresa encontra-se em fase de instalação no quarteirão das antigas instalações da Real Companhia Velha, que foram adquiridas e estão a ser reabilitadas pelo empresário Mário Ferreira.

 

O dono da Douro Azul adiantou ao Negócios que a Altran "ocupa grande parte" dos quatro mil metros quadrados do complexo afecto a zona de escritórios e onde "empregará cerca de 300 engenheiros". Esta multinacional francesa presta serviços de inovação e consultoria de engenharia de alta tecnologia, acompanhando os seus clientes na criação e desenvolvimento de produtos e serviços nas mais diversas áreas.

 

A zona de escritórios deste complexo representa apenas uma pequena parte dos 30 mil metros quadrados do chamado Quarteirão da Real Companhia Velha, onde Mário Ferreira lidera "um investimento de 50 milhões de euros e cria mais 500 novos postos de trabalho qualificados na zona histórica de Gaia", revelou o empresário ao Negócios.

 

O empreendimento terá também um hotel de cinco estrelas, uma zona de comércio, um centro cultural, um museu e "wine bar" da Real Companhia Velha e um parque de estacionamento. O hotel e o espaço cultural "abrem em Junho de 2018, os restantes já este Verão".

 

O Hotel do Cais, que será de cinco estrelas, vai ocupar 11,200 metros quadrados e terá como tema de fundo os armazéns de Gaia e o vinho. A decoração de interiores estará a cargo da conceituada arquitecta portuense Pilar Paiva de Sousa, que "projectou um interior assente na reabilitação da herança e grandiosidade histórica dos armazéns do vinho do Porto".

 

"Este hotel terá 114 quartos e vai criar 120 postos de trabalho", garantiu o seu promotor.

 

A zona de comércio, com uma área de 2.900 metros quadrados, foi preenchida pela cadeia grossista Recheio Cash & Carry, do grupo Jerónimo Martins, que escolheu esta localização para abrir a sua 40.ª loja, que foi inaugurada esta quarta-feira, 21 de Junho, criando perto de 50 postos de trabalho.

 

Antigas instalações da Real Companhia Velha, na zona histórica do Porto, vão ser ocupadas por um hotel, escritórios, espaços de comércio e cultura.
Antigas instalações da Real Companhia Velha, na zona histórica do Porto, vão ser ocupadas por um hotel, escritórios, espaços de comércio e cultura.


A Real Companhia Velha decidiu também voltar às suas antigas instalações. Esta companhia de vinho do Porto, que celebrou recentemente 260 anos, vai ocupar 3.600 metros quadrados deste complexo, onde irá instalar um "wine bar" dedicado à promoção dos seus vinhos DOC Douro e Porto e um espaço museológico dedicado ao seu passado majestático, estando previsto que crie "mais de 30 postos de trabalho".

 

O Quarteirão da Real Companhia Velha terá também um Centro Cultural de Gaia, espaço de 675 metros quadrados cedido gratuitamente à Câmara de Gaia "para que ali possa exercer actividades de índole cultural e recreativo de apoio às comunidades locais", além de um parque de estacionamento, "que será gerido pela SABA e que ocupa uma área de 7.400 metros quadrados, com capacidade para 240 lugares cobertos".

 

Este imóvel, situado na margem ribeirinha de gaia, esteve abandonado durante muitos anos. Em Janeiro de 2007, quando a autarquia era liderada por Luís Filipe Menezes, foi anunciado um acordo com a construtora Novopca, que se comprometeu a transformar o armazém da Real Companhia velha em centro cultural.

 

A Novopca chegou a arrancar com as obras de reconversão do imóvel, mas, em estado de insolvência, nunca as completou. No final de 2015, a Câmara de Gaia aprovou a cessão a uma empresa de Mário Ferreira do direito de superfície para concepção, construção e exploração do espaço.

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